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Yakiimo
Macias e doces, apesar de não chamarem atenção hoje, as batatas assadas ainda são apreciadas e consideradas um oyatsu tradicional dos japoneses

(Fotos: Divulgação)

Yakiimo (yaki = assada e imo = batata) é a batata-doce assada, vendida no Japão principalmente no outono e no inverno, em parques e conjuntos habitacionais, isto é, locais com grande concentração de pessoas. Normalmente, ela é vendida em caminhonetes especiais, com todo o equipamento acoplado (forno, pedras, etc.), que circulam ao som de uma gravação cantarolada peculiar, que anuncia: “yakiimo... ishiyakiimo” (Olha a batata assada... batata assada na pedra). Embora atualmente tenha se tornado uma prática rara, antigamente, em muitas casas, quando se juntavam e queimavam as folhas caídas das árvores, colocavam-se batatas-doces para assar sob as cinzas, para depois comê-las quentinhas. Muito macias e doces, apesar de não chamarem muito a atenção nos dias de hoje, as batatas assadas ainda são muito apreciadas e consideradas um oyatsu (lanche) tradicional dos japoneses. No inverno, elas são vendidas até nas lojas de conveniência do Japão.

Introdução da batata-doce no Japão

Originária das Américas do Sul e Central, a batata-doce, matéria-prima da yakiimo e conhecida no Japão como satsumaimo, foi introduzida na Europa no século XV, depois da descoberta do continente americano. O navegador e descobridor da América, Cristóvão Colombo, levou batatas-doces à Espanha, para presentear a rainha Isabel de Castela e, assim, os tubérculos chegaram ao Marrocos e às Filipinas, colônias da Espanha na época. A batata-doce introduzida no Sudeste Asiático chegou então à China e, em 1597, às ilhas do reino de Ryukyu (atual Okinawa). Em 1609, Iehisa Shimazu, líder do clã de Satsuma (atual Kagoshima, região de Kyushu, sul do Japão), invadiu Ryukyu, subjugando o reino até então independente. Assim, o clã de Satsuma retornou às suas terras, levando a batata-doce de Ryukyu, que passou a ser cultivada na região de Kyushu. Depois disso, a batata-doce foi gradualmente se propagando para o norte, ficando conhecida como um alimento de emergência contra a fome, por ser nutritiva e de fácil cultivo no campo. Ao chegar a Nagasaki, chamou a atenção dos sábios versados em estudos holandeses (rangakusha), que publicaram livros sobre o seu cultivo. No xogunato de Tokugawa, também foi publicado um livro sobre a batata-doce que inspirou o magistrado de Iwami (atual província de Tottori), Masaaki Ido, a promover o cultivo do tubérculo, salvando milhares de pessoas da fome. Ao saber do trabalho de Ido, Yoshimune Tokugawa incentivou o cultivo da batata-doce em todo o país. Assim, por ordem do xogunato, o rangakusha Kon’you Aoki estudou e cultivou a batata-doce da região de Satsuma – daí o nome satsumaimo (batata de Satsuma) – que passou a ser produzida nacionalmente.

Comércio de yakiimo


COMÉRCIO - Yakiimo também
é bem vendida no Brasil

A batata-doce assada, yakiimo, surgiu em meados da Era Edo em Quioto e, em Edo (atual Tóquio), somente no final da era. Naquela época, a maioria dos agricultores cultivava a batata-doce, havendo muita reserva. Os vendedores de batata assada adquiriam essa reserva diretamente dos produtores, para então vender o produto final. A yakiimo tornou-se tão popular e bem-aceita em Edo, que logo faltou matéria-prima para a sua comercialização. Por isso, plantações para yakiimo começaram a aumentar próximo a Edo, especialmente em Chiba e Kawakoshi.

Mesmo depois da mudança de Edo para Tóquio, com a Restauração Meiji, o comércio de yakiimo prosperava. A batata assada era um dos lanches favoritos em Tóquio. Na época, a yakiimo era vendida em pontos fixos, assada em fornos de barro, e também por ambulantes, no estilo atual. Depois do grande terremoto de Kanto, em 1923, as casas fixas de yakiimo foram diminuindo. A batata-doce, que salvou muitas pessoas da fome no Japão feudal, desempenhou o mesmo papel durante a 2ª Guerra Mundial, mas, com a gradual estabilização do país e a mudança de hábitos alimentares, a produção de batata-doce caiu acentuadamente. Por conseqüência, o comércio de yakiimo sofreu uma queda significativa.

 

Você sabia?


Atualmente, no Japão, é costume assar e comer a batata-doce inteira, em seu formato original, mas, antigamente, costumava-se cortá-la em pedaços grandes, assando-os em chapa de ferro e salpicando sal e gergelim.


PREPARO - Assada lentamente, a batata torna-se mais doce ao paladar

• Apesar de aparentemente calórica, 100 g de batata-doce fornecem cerca de 115 kcal, apenas 1/3 das calorias encontradas em 100 g de arroz cru. Além disso, o seu consumo traz inúmeros benefícios à saúde, por ser rica nos seguintes nutrientes:

Fibras alimentares – Ajudam no combate ao colesterol e no bom funcionamento do intestino, prevenindo a prisão de ventre e o câncer do intestino grosso

Vitamina C, vitamina E, potássio, betacaroteno e ferro – Uma batata doce grande fornece a quantidade diária necessária de vitamina C e betacaroteno e mais que o dobro das necessidades de vitamina E, fornecendo ainda metade da quantidade de potássio recomendada para um adulto e 25% das necessidades diárias de ferro.

• Quanto mais lentamente a batata-doce for assada, mais ativa-se a amilase (um tipo de enzima) contida nela, tornando-a mais doce ao paladar. É exatamente essa característica que os vendedores de yakiimo procuram aproveitar.

• Modo de fazer yakiimo em casa: Em uma chaleira velha, coloque pequenas pedras e sobreponha as batatas inteiras, assando-as em fogo baixo por aproximadamente 40 minutos, ou até que estejam macias por dentro.


SAUDÁVEL - Alimento tem propriedades nutritivas e fibras


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