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Arquivo NippoBrasil - Edição 289 - 8 a 14 de dezembro de 2004
Moti
Historicamente, acreditava-se que o fato de comer moti
unia os espíritos dos cereais e dos homens

HERANÇA -Até hoje, o kagamimochi é utilizado como tradição do ano-novo
 

(Fotos: Aliança Cultural Brasil-Japão | Arquivo NB)

Para os japoneses, os protagonistas das festas de ano-novo (oshougatsu), a celebração mais importante do ano, são: o moti, o saquê, o ozouni (sopa de legumes com moti) e o osechi ryouri (iguarias típicas de ano-novo). Os altares domésticos xintoístas (kamidana) e budistas (butsudan), assim como o tokonoma (espaço considerado sagrado das salas e dos quartos japoneses) são ornamentados com o kagamimochi (literalmente, moti em formato de espelho redondo).

Desde tempos antigos, os japoneses, historicamente um povo agrícola, tinham o costume de rogar às divindades boas colheitas de seus principais cereais (gokoku houjou): arroz, trigo, soja, painço, sorgo e milhete, no início de cada ano. Estes rituais se firmaram como tradição na Era Muromachi, no século XIV e, posteriormente, seu significado foi ampliado, remetendo ao desejo de felicidade da família, da sociedade e da nação.

A história do moti

Foi comprovado que as técnicas de cultivo de arroz foram introduzidas no Japão já na Era Yayoi (300 a.C.–300 d.C.). Segundo a obra Kojiki (Registro de fatos antigos), da Era Nara, século VIII, ofertava-se o kagamimochi no santuário xintoísta de Ise. O kagamimochi também é mencionado nos famosos Contos de Genji (Genji Monogatari), da Era Heian (794–1185). Os antigos japoneses, que acreditavam que o fato de comer moti unia os espíritos dos cereais e dos homens, utilizavam-no em diversos rituais e celebrações ao longo do ano.

Para preparar o moti, utiliza-se o motigome (arroz para moti, arroz glutinoso) e, para o arroz comum, utiliza-se o uruchi (arroz não glutinoso). Ambos têm 76% de amido em sua composição, mas 100 g de moti contêm 235 kcal, enquanto a mesma quantidade de arroz contém 148 kcal. Pelo seu alto índice calórico e pela fácil digestão, sendo rapidamente absorvido pelo organismo, diz-se que é recomendável que atletas consumam o moti antes de competições.


PREPARO - Moti é feito de modo artesanal no 1º dia do ano
 

Você sabia?


Os principais tipos de moti

Existem diversos tipos de moti consumidos ao longo do ano, segundo as estações. Na primavera e no verão, temos: sakuramochi, kashiwamochi, ohagi, kusamochi e hishimochi.


Sakuramochi

Ohagi

Sakuramochi – bolinhos finos de arroz recheados com uma pasta doce de feijão azuki (an), envoltos em folhas de cerejeira conservadas em salmoura.

Kashiwamochi – moti recheado com an envolto em folhas de carvalho, consumidos no Dia das Crianças, em maio.

Kusamochi – moti misturado com artemísia. Pode ser coberto com kinako ou açúcar mascavo.

Hishimochi – moti com formato de losango nas cores vermelho, branco e verde, consumido no Festival das Bonecas (Hinamatsuri).

Ohagi – bolinhos de arroz cobertos com an, kinako (farinha de soja torrada) ou gergelim, assim chamados por lembrarem a delicadeza da flor de lespedeza (hagi)

No outono e no inverno, temos: tsukimi dango, botamochi, kagamimochi e o ozouni.

Tsukimi dango – bolinhos redondos de arroz glutinoso, cozidos na água ou no vapor, servidos durante o tsukimi (celebração ao luar em que se admira a beleza da lua).

Botamochi – doce semelhante ao ohagi, porém maior. Recebe este nome por lembrar a peônia (botan, em japonês).

Kagamimochi – moti de ano-novo em formato de espelho arredondado, no qual a peça menor é colocada sobre a maior.

Ozouni – Sopa de ano-novo. Feita com caldo mais leve ou missoshiru acrescido de moti, verduras e algum tipo de carne.

 
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