(Fotos:
Reprodução / Divulgação)
O
matsutake é um tipo de cogumelo freqüentemente usado
para pratos japoneses característicos do outono. Seu uso
é variável. Para apreciar o seu sabor, as pessoas
podem assá-lo, cozinhá-lo em banho-maria e também
misturá-lo com arroz. Apesar do seu alto preço,
o matsutake foi apreciado pelo povo desde a Era Heian devido a
sua forma, cor e cheiro.
A colheita
de cogumelos era uma forma de distração do povo
no outono. No Japão, o cultivo de cogumelos proliferava
em função do clima temperado e alto índice
de umidade do país. No arquipélago existem cerca
de 4 mil tipos de cogumelos, com as mais variadas cores, desde
o marrom até o vermelho.
Ultimamente,
os pratos com cogumelos como shimeji e shiitake podem ser observados
nos cardápios dos restaurantes brasileiros. Mesmo assim,
a impressão que se tem é que não há
no mundo um povo que goste tanto de cogumelos como os japoneses.
Numa
vila localizada no sopé de uma montanha na China, está
em andamento um projeto de exportação de cogumelos
para o Japão desenvolvido pelos moradores daquele local.
Na comunidade nipo-brasileira, são constantes as palestras
abordando o assunto.
O cogumelo
é um tipo de fungo que habita no Japão, China, Coréia
e em Taiwan e se reproduz na floresta de pinheiros. O Japão
é um país muito ativo no cultivo artificial de cogumelos.
Entre as principais regiões produtoras do arquipélago,
podemos citar Quioto, Hiroshima, Okayama, Hyogo e Nagano.
Dependendo
do povo, difere-se também o cogumelo preferido. Kikurage
(orelha-de-judas) é um tipo de cogumelo indispensável
para a culinária chinesa. Por outro lado, o aroma do cogumelo
é pouco apreciado pelos ocidentais.
Desde
antigüidade os cogumelos também eram utilizados como
um artigo de troca. Isso pode ser muito observado nos antigos
poemas japoneses. Um pesquisador da literatura japonesa, Kazuaki
Komine, comenta que a forma erótica do cogumelo, similar
a de um pênis, e o fato de nascer repentinamente num lugar
inesperado, faz com que muita gente lembre a vida misteriosa do
ser vivo.
Devido
à sua forma parecida a uma pessoa com o chapéu,
o cogumelo é comparado também com um monge. No Konjaku
Monogatari, uma coleção narrativa do Japão,
China e Índia, aparecem as histórias de um monge
que se regenera no cogumelo e que gosta de comê-lo.
Distinguir
um cogumelo venenoso do comestível é difícil.
Dizem que existe waraidake. Dizem que um grupo de monge, ao comê-lo,
começou a ter um acesso de riso. Além disso, todos
eles começar a dançar feito loucos.
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