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A Estátua e os Macacos

Adaptação livre de Claudio Seto
(Texto e desenhos: Claudio Seto)

 

Há muitos e muitos anos havia um casal idoso numa pequena aldeia montanhosa no Japão.

Certa ocasião o velhinho foi montanha à dentro para catar lenhas. Sua bondosa companheira preparou uma caixinha de bento (lanche) para ele comer durante o trabalho.

Depois de juntar vários galhos caídos e cortar em tamanho bom para carregar, o ancião sentiu fome e resolveu fazer seu lanche. Depois de encher a barriga sentiu uma leve sonolência e acabou dormindo no gramado. Nisso soprou um vento e a farinha de soja que estava na caixa de lanche voou para a cara do ancião, que sem perceber continuou dormindo.

Pouco depois passou por lá um bando de macacos. Vendo a cara branca de homem, um dos macacos disse:

- Vejam é uma estátua. Vamos levar para nossa morada e reverenciá-lo como uma divindade.
- Boa idéia disse o outro.

Assim os macacos carregaram a “estátua” cruzando um grande vale sobre uma tora em direção de onde moravam. No caminho o velho despertou mas vendo que podia estar em perigo, continuou fingindo estar adormecido.

No alto da montanha os macacos colocaram a estatua de pé em cima de uma grande árvore e ofereceram frutos, flores, arroz, peixes e até dinheiro que eles tinham achado. Foi muito divertido para os macacos que imitavam os seres humanos rezando e fazendo oferendas.

Quando a noite chegou e os macacos dormiram, o velho apanhou todas as oferendas dados a ele e retornou feliz para casa.

A notícia da grande sorte que teve o ancião foi muito bem recebida na aldeia. Um outro homem velho que morava na vizinhança ficou sabendo da história. Na manhã seguinte, levado pela ganância passou farinha na cara e foi para a montanha e fingiu estar dormindo no gramado.

Diversos macacos chegaram ao local e encontraram a “estátua” no local onde tinham a encontrado no dia anterior.

-Vamos levar para nossa morada e reverenciá-lo mostrando nossa hospitalidade.
-De acordo, concordaram os outros macacos.

Colocaram a “estátua” nas costas e saíram carregando na maior euforia. Quando atravessavam o grande vale, sobre um grande tronco que servia de ponte, o velho ganancioso, não conseguindo resistir a palhaçada dos macacos começou a rir.

- Isso não é uma estátua! É um velho humano.
- Joguem fora, isso não vale pra nada.

O velho foi jogado precipício abaixo. Se não fosse um rio que corria no fundo do vale teria se espatifado nas pedras. Mesmo assim quase morre afogado. Dias depois conseguiu retornar a aldeia todo arrebentado. A lição vivida foi um santo remédio para curar sua ganância.

 
Adaptação livre de Claudio Seto

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