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Arquivo NippoBrasil - Edição 121 - 13 a 19 de setembro de 2001
 
O Fantasma e o mizuame - Parte 2

Adaptação livre de Claudio Seto
(Texto e desenhos: Claudio Seto)

 

Assim que a mulher saiu andando pela rua, o comerciante chamou seu amigo:
- Vamos atrás dessa raposa!

Nisso, percebeu que seu amigo estava aterrorizado e tremendo de medo.
- O que foi? Parece que viu um fantasma.

- Exatamente, aquela é a mulher que faleceu na minha cidade no começo do mês.
- O quê!? Então não é uma raposa e sim um fantasma!? Bem que eu estava achando-a muito pálida...e, pensando bem, o único lugar próximo daqui em que existe a árvore momiji é no cemitério.

- Isso é muito misterioso. Para que um fantasma vem buscar melado?
- Vamos perguntar ao monge. Quem sabe ele tem uma explicação.

Os dois amigos foram até o templo e contaram a história para o monge local. Os três resolveram, então, ir até o pé de momiji no cemitério. Lá chegando, realmente existia uma sepultura nova com a inscrição do nome da mulher que havia morrido na cidade vizinha.

- Vamos orar para que a alma dela descanse em paz - disse o monge ajoelhando-se diante do túmulo, e os três começaram a rezar. Nesse exato momento ouviram o choro de uma criança. Apesar de arrepiados de susto e de medo, procuraram perto do túmulo de onde vinha o choro.

Havia um cesto com um bebê dentro. Ao lado da criança, um bilhete e uma tigela. O comerciante imediatamente reconheceu a tigela como sendo aquela que a mulher levava todas as noites para comprar melado.

O monge levantou o tyotin (lanterna) e leu o bilhete.
- Uma mulher abandonou o filho porque está em péssima condição financeira e não tem como criá-lo. Meu Deus, pela data esta criança foi abandonada há uma semana. Como terá sobrevivido até hoje?

Olhando para a tigela vazia os três entenderam a resposta.
- Acho que o instinto materno é algo que sobrevive à morte física – disse o monge. Mesmo morta, essa bondosa mulher ajudou o bebê a sobreviver, trazendo melado todos os dias para a criança.
Comovidos pela bondade do fantasma, os três rezaram para que a alma dela pudesse descansar em paz. O monge prometeu diante do túmulo que cuidaria da criança no templo.

O comerciante disse ao monge que, se precisasse de melado, poderia ir buscar quanto quisesse. A partir desse dia o fantasma da mulher não apareceu mais para comprar mizuame.

Fim.

 






COMENTÁRIO

Outra versão desta história conta que a mulher foi enterrada com seis moedas. Conforme o costume da época, acreditavam que depois de a pessoa morrer a alma tinha que cruzar o Rio das Almas Perdidas, para chegar ao Mundo dos Mortos. Portanto, era costume levar seis moedas para pagar a balsa que fazia a travessia do rio. Essa versão diz que o fantasma da mulher tinha gastado exatamente essas seis moedas. Caso o comerciante, seu amigo e o monge não tivessem se dirigido ao cemitério naquela noite, a criança abandonada teria morrido de fome.

 
 
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