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Arquivo NippoBrasil - Edição 107 - 7 a 13 de junho de 2001
 
Koshinuke Suzume - Parte 1
O pardal do quadril quebrado

Adaptação livre de Claudio Seto
(Texto e desenhos: Claudio Seto)

 

Há muito e muito tempo, num certo lugar, existiu uma velha senhora bondosa que todos a chamavam de Obaasan.

Certo dia, quando ela estava costurando, ouviu uma voz chorosa vindo do quintal gritando por socorro.

Quando Obaasan saiu no quintal, viu um pequeno pardal sendo judiado por um corvo.
O corvo corria atrás do pardal para cutucar o pobrezinho com a ponta de seu enorme bico.
- Pare seu corvo danado, com esse enorme corpo judiando do pequeno e indefeso pardalzinho – disse a velhinha.

- Gritando Xô, xô!, A velhinha espantou o corvo malvado, que foi embora voando para bem longe.
- Pronto, o perigo já passou, pode ir embora sossegado agora pardalzinho - disse Obaasan.
O pardal ficou muito feliz por ter sido salvo, porém não conseguia voar. As bicadas do corvo haviam causado ferimentos no pardal.

Obassan colocou o pardal na palma da mão e examinou suas costas.
-Nossa, está machucado! Coitado, está com o osso do quadril quebrado, assim não dá para voar.
E a velhinha fez leve massagem com os dedos

Depois improvisou um ninho, colocando dentro de uma caixa palhas macias e algodão dizendo: - Fique quietinho por uns dias que vai sarar logo, logo.
Diariamente, ela tratava do passarinho, dando-lhe água, arroz e pequenas sementes.

-Vovó, como está a saúde do pardal ?, perguntavam as crianças da vizinhança que vinham visitar o passarinho.
Como a velhinha tratava com muito carinho, o ferimento do pardal foi sarando rapidamente.

A pequena semente

Passados alguns dias, o pardal ficou completamente curado.
Sua voz foi ficando cada dia mais forte, e já dava para voar à vontade dentro da casa de Obaasan.
-Acho que agora poderá voltar sozinho para sua casa na mata.

A velhinha colocou o pardal na palma da mão e levou-o até o quintal.
-Pardalzinho, pode ir embora.A criançada também veio se despedir do pardal
- Tome cuidado para não ser pego pelo corvo malvado, nem pelo terrível gavião, disse Obassan.
-Tiu, tiu, Obaasan muito obrigado! Adeus criançada! Dizendo isso, o pardal saiu voando e ganhou o azul infinito do céu.

Obassan começou a sentir falta do pardalzinho que diariamente tratava com todo carinho. E passava o dia inteiro pensando no passarinho:
- A esta hora, o que será que ele está fazendo? Será que o pardalzinho está se alimentando bem?
Assim, a velhinha começou a sentir muitas saudade do pardal e esperava ansiosamente que um dia ele viesse visitá-la.

Vinte dias haviam se passado. Era uma bela manhã ensolarada. Quando Obaasan estava estendendo roupa, um pardal veio voando e pousou numa árvore do quintal.
-Oh! Será aquele pardal?, pensou a velhinha. Olhando bem, realmente era o pardal que ela havia curado.

Emocionada ela disse: - Que bom que você não me esqueceu e veio me visitar!
O pardal chegou voando perto da velhinha e trazia algo pequenino no bico. Era uma pequena semente que ele depositou na mão da bondosa senhora e disse:

-Obaasan, esta é a semente da minha gratidão, por favor plante-a no quintal. Dizendo isso, o pardal chorou tiu, tiu.
Depois pousou no ombro de Obaasan, pulou por todo quintal e mais tarde foi embora.

Continua...

 
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