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Arquivo NippoBrasil - Edição 095 - 15 a 21 de março de 2001
 
O Fantasma de Sakura no Sogorô

Adaptação livre de Claudio Seto
(Texto e desenhos: Claudio Seto)

 

No início do Período de Edo (1615-1868), com a unificação do Japão, iniciava-se finalmente uma época de paz, após 100 anos de guerra contínua entre feudos.

No pequeno feudo de Shimosa, os lavradores se sentiram aliviados, pois terminada as sucessivas batalhas, acreditavam que os impostos elevados à pretexto da manutenção do exército e compra de materiais bélicos, finalmente baixariam. Passado o tempo, como isso não aconteceu, em 1655, os lavradores de 200 aldeias se reuniram e elegeram um delegado para representá-los. Sogorô, um lavrador de meia idade, chefe da aldeia de Sakura (hoje prefeitura de Chiba) foi o indicado para apresentar petição ao daimyo (senhor feudal) local, Hotta Masanobu (1629-1677), solicitando a diminuição de impostos excessivos.

O apelo foi rejeitado pelo jovem senhor. Sogorô resolveu dar então um passo sem precedentes na história do cooperativismo rural japonês e viajou até Edo para expor o caso ao então shogun, Tokugawa Iemitsu, o ditador militar do Japão.

Isto teve como resultado o desmascarar do nobre avarento daimyo Masanobu, que se viu obrigado a cancelar os impostos. Furioso por ter perdido o seu domínio sobre esse assunto, que passou a ser controlado pelo shogunato Tokugawa, Masanobu acusou Sogorô de conspiração e traição por estar praticando o cristianismo – que estava proibido pelo governo Tokugawa desde 1639.

A ira do daimyo recaiu sobre a família do líder rural. Os três filhos foram decapitados na sua presença, Sogorô e sua mulher foram crucificados. Porém, antes de morrer, diante da multidão que veio assistir sua execução, Sogorô jurou em voz alta que seu espírito haveria de exigir vingança pela injustiça cometida à sua família.

Desde então, aparições fantasmagóricas começaram a assombrar o castelo do daimyo. Ocorreram mortes trágicas dos soldados que forjaram falsas provas de cristão imputados à Sogorô. Depois, os soldados que participaram da execução de seus filhos e os da crucificação de sua mulher também tiveram morte misteriosa O pânico tomou conta do castelo. As noites tornaram-se horríveis para Masanobu que deparava a todo instante com o fantasma de Sogorô. Já não conseguia dormir e estava enlouquecendo. Nessa época sua mulher e o filho também morreram. Houve uma paranóia geral no feudo, todos diziam ter visto a aparição de Sogorô e o medo tomou conta de tudo. Completamente louco, o damyo Hotta Masanobu perdeu seus domínios e foi banido para Tokushima.

Mesmo assim não cessou a aparição de Sogorô pelos corredores do castelo. Enfim construíram um santuário e começaram a rezar para apaziguamento do espírito vingador, que então, finalmente, deixou de assombrar a localidade. FIM

 
Adaptação livre de Claudio Seto
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