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Arquivo NippoBrasil - Edição 260 - 2 a 8 de junho de 2004
 
• Era Kofun
 
Tumbas: símbolos de poder
 

Arquivo NippoBrasil

A Era Kofun ganhou esse nome em virtude das grandes tumbas antigas do final da Era Yayoi. Elas estão em Quioto, Nara, Osaka, Okayama, Shimane, Fukuoka, etc. Como mencionado no capítulo anterior, sabe-se que a rainha Himiko governou a nação Yamatai mantendo intenso intercâmbio com a China. A Era Kofun inicia-se depois desse episódio.

A cultura das grandes tumbas

Inicialmente destinadas a imperadores e a chefes de clã como símbolo de seu poder, mais tarde os nobres do Império Yamato (grande império que, no século IV, conquistou quase todo o arquipélago e que será tratado com mais detalhes no próximo capítulo) também construíram suas tumbas. Por isso, há, no arquipélago, mais de 4 mil delas. Primeiro, foram construídas em colinas; depois, em terrenos planos, cercadas por valetas.

As tumbas tinham vários formatos, como o redondo, o mais comum; o quadrado; o retangular na frente e redondo atrás, como uma fechadura (a urna era enterrada na parte redonda); o retangular na frente e quadrado na ponta; e o de base quadrada e um pequeno monte redondo por cima.

Acessórios funerários eram enterrados nas tumbas, como espadas de ferro, armaduras, lanças, espelhos, diversas peças de terracota reproduzindo soldados, animais e casas com grande precisão. Em seu interior, também foram encontrados adornos de metais ou contas de pedra, além de desenhos de figuras humanas ou geométricas.

Hoje, não há nenhuma tumba que não tenha sofrido atos de vandalismo. Suspeita-se do roubo de acessórios funerários e da destruição de algumas urnas. Pelo progresso, muitas tumbas estão sendo destruídas, mas as da família imperial são invioláveis. Normalmente, sua abertura não é permitida nem para fins científicos.

 

A cultura transmitida pelos migrantes (torai-jin)

A chave para a construção das gigantescas tumbas reside nos migrantes (torai-jin) que chegaram ao arquipélago japonês pela península coreana. Acolhidos quando a península coreana estava em guerra, os migrantes, que receberam cargos de elite na corte de Yamato, transmitiram a tecnologia da construção de tumbas e também de grandes templos, além de técnicas de forjadura, de sericultura, de tecelagem, de cerâmica e outras.

Esse movimento migratório data desde a época da mudança da Era Jomon para Yayoi, quando muitos migrantes chegaram ao Japão. Atualmente, a teoria predominante da origem do povo japonês é de que ele surgiu da miscigenação do homem Jomon com os migrantes.

A corte de Yamato

Poderosos clãs construíam tumbas já por volta do século V, principalmente os clãs da região de Yamato. O governo era liderado pelo imperador e dividia as funções administrativas, instituindo o sistema de uji (grupo de pessoas da mesma linhagem) e de kabane (hierarquia dos clãs regionais que serviam à corte). Os clãs regionais forneciam produtos da terra à corte. Os grupos de uji cultuavam os seus deuses, tinham suas propriedades, controlavam o seu povo e serviam à corte.

Na hierarquia, existia o equivalente à pária (camada mais baixa do sistema de castas da Índia). Eram os nuhi, da corte e dos templos, homens e mulheres escravos vendidos livremente.

No final do século IV, a corte de Yamato expandiu seu território até a região de Kara (sul da península coreana), alcançando poder militar suficiente para guerrear contra nações coreanas como Kokuri e Shiragi, aliando-se a Kudara.

 


Tumba Daisen: a maior do mundo

Tumba Daisen

A tumba Daisen, do imperador Nintoku, em Osaka, é a maior do mundo, com 475 metros. Supondo que 6.800 mil pessoas tenham trabalhado na construção do túmulo, mobilizando 2 mil pessoas por dia, a obra levaria quinze anos para ser concluída. O montante gasto é calculado em 79.600 bilhões de ienes. Mesmo com a atual tecnologia, seriam necessárias 29 mil pessoas, dois anos e seis meses, com o custo total de 2 bilhões de ienes.

Torai-jin

O imperador Akihito, durante pronunciamento de abertura da Copa do Mundo de Futebol Japão–Coréia, em 2002, disse que a mãe do imperador Kanmu (737-806) era torai-jin (migrante).

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