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O monumento da “criança e a bomba atômica”
Inaugurado em 5 de maio de 1958, no Dia das Crianças, o monumento de 9 metros de altura teve como modelo Sadako Sasaki
 


PERSEVERANÇA - O desejo de Sadako era dobrar mil tsurus para ficar sadia e correr novamente

Fotos: Divulgação / Arquivo NB

No dia 6 de agosto de 1945, logo ao amanhecer, foi lançada sobre Hiroshima a primeira bomba atômica da história da humanidade, tirando de uma só vez as vidas de cerca de 250 mil pessoas.

Num canto da atual Praça da Paz, há um monumento de 9 metros de altura de uma menina levantando em suas mãos uma grande cegonha (tsuru). Esta estátua teve como modelo Sadako Sasaki, uma menina que faleceu aos 12 anos de idade, em conseqüência dos efeitos causados pela exposição à radiação da bomba atômica.

Sadako

Antes do término da guerra, no Japão, os homens adultos eram todos convocados para servir ao exército e, a partir dos que estudavam no chuugaku (a primeira série do chuugaku corresponde à nossa 7ª série), todos eram convocados para trabalho não remunerado em fábricas de armamentos e outros fins. A partir da 3ª série do shoogaku (ensino fundamental) as crianças eram retiradas das cidades grandes para viver com parentes no interior, ficando nas metrópoles somente mulheres e idosos.

Havia escassez de alimentos e víveres em geral, mas todos suportavam isso, tendo em mente o pensamento: “Não vou ter vontade, até que vençamos”. Presume-se que em Hiroshima, cidade onde tinham instalações bélicas, havia cerca de 350 mil pessoas entre militares e pessoas relacionadas ao exército, e também trabalhadores chineses e coreanos em regime forçado.

Quando foi lançada a bomba atômica, Sadako Sasaki contava com 2 anos de idade. A família Sasaki, que residia a 1,4 km do epicentro da explosão, teve 12 vítimas. Felizmente, Sadako cresceu com saúde e, no ensino fundamental, demonstrava habilidade esportiva, atuando sempre como corredora de revezamento. Mas, aos 11 anos, a menina começou a apresentar sintomas como febre e dores nas articulações, sendo submetida a exames que revelaram leucemia, adquirida em conseqüência da exposição às radiações da bomba atômica. Ela anotou o seu índice de glóbulos brancos e observava as crianças ao seu redor que iam morrendo. A partir daí, Sadako começou a fazer tsurus em dobradura de papel. Ela ouviu falar que, dobrando mil tsurus, o seu desejo seria realizado. Seu desejo sincero era de “ficar sadia e correr novamente”. Infelizmente, o seu objetivo não foi alcançado, vindo a falecer em 25 de outubro de 1955. A história de Sadako foi transformada em livros, vídeos, desenhos animados e canções, que foram divulgados no mundo todo. Com a bomba atômica, 2 mil a 6.500 mil crianças (não se sabe o número exato) ficaram órfãs da bomba atômica.

O monumento


HOMENAGEM - A estátua de Sadako Sasaki, que faleceu aos 12 anos, em conseqüência dos efeitos causados pela radiação da bomba atômica, está localizada na Praça da Paz

Com a morte de Sadako, partiu dos colegas de classe uma mobilização para não deixar que a morte da colega ficasse em vão. Esse sentimento condensou-se em forma do monumento da “Criança e a Bomba Atômica”. Na angariação do fundo para sua construção, contribuíram 3 mil escolas de todo o país. O monumento foi inaugurado em 5 de maio de 1958, no Dia das Crianças. Na pedra de base, está gravada a seguinte mensagem:

“Este é o nosso grito. Esta é a nossa oração. Para que o mundo construa a Paz Mundial”.

Todo ano, um grande número de dobraduras de tsuru é enviado do mundo todo para este monumento. No “Projeto 400 mil Senbazuru (conjunto de mil tsurus)” foram contabilizadas nada menos que 800 mil dobraduras. Este ato encerra o desejo de transmitir às crianças o horror da bomba atômica e a tolice que representa a produção de armas nucleares.

Doenças em conseqüência da radiação

Mesmo atualmente, decorridos 60 anos após o lançamento da bomba atômica, muitas vítimas e seus filhos, até mesmo os netos, sofrem de males como leucemias, quelóides, tipos de câncer como o de glândula tireóide, mama, pulmão, etc. Também nasceram crianças com um problema denominado microencefalia.


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