Portal NippoBrasil - OnLine - 19 anos
Quarta-feira, 04 de dezembro de 2024 - 18h22
  Empregos no Japão

  Busca
 

SEÇÕES
Comunidade
Opinião
Circuito
Notícias
Agenda
Dekassegui
Entrevistas
Especial
-
VARIEDADES
Aula de Japonês
Automóveis
Artesanato
Beleza
Bichos
Budô
Comidas do Japão
Cultura-Tradicional
Culinária
Haicai
História do Japão
Horóscopo
Lendas do Japão
Mangá
Pesca
Saúde
Turismo-Brasil
Turismo-Japão
-
ESPECIAIS
Imigração
Tratado Amizade
Bomba Hiroshima
Japan House
Festival do Japão
-
COLUNAS
Conversando RH
Mensagens
Shinyashiki
-
CLASSIFICADOS
Econômico
Empregos BR
Guia Profissionais
Imóveis
Oportunidades
Ponto de Encontro
-
INSTITUCIONAL
Redação
Quem somos
-
 
Dia do shogui
Esporte popular no Japão ao longo da história do país, o shogui teve suas tradições preservadas até os dias de hoje e é transmitido até pela TV


RACIOCÍNIO - Origem do shogui está ligada à do xadrez, mas o jogo japonês é mais complexo

 
Fotos: Divulgação / Arquivo NB

Presume-se que atualmente o número de praticantes de shogui no Japão seja superior a 15 milhões de pessoas. O shogui é muitas vezes superior ao xadrez em sua complexidade e dizem que o jogo programado pelo computador ainda não se equiparou à competição humana. No dia 17 de dezembro, é comemorado o Dia do Shogui.

A origem do shogui
A Índia anterior a Cristo é tida como o local de origem desse jogo. Dizem tratar-se de um jogo de dados chamado de charatonga. Este jogo migrou para o Ocidente, dando origem ao xadrez ocidental, e foi transmitido para China onde originou o chanchi; tornou-se changi na Coréia e presume-se que tenha chegado ao Japão, originando o shogui.

Shogui japonês
As peças eram, inicialmente, similares às do xadrez, tendo o formato de um cubo, e mais tarde foram substituídas por peças de madeira, com espessura fina e inscrições em ideograma. O número de peças, bem como a forma de utilizá-las eram variados. Os atuais tipos de peças e a quantidade (40 peças) foram definidos por volta da Era Muromachi (1333–1573). Durante a Era Edo, o governo feudal de Tokugawa criou o shogui dokoro, um sistema patrocinado que possibilitava às três famílias – a principal, Ohashi; sua ramificação, fundada por Ohashi Soukei (1555–1634), na época a maior autoridade no assunto; e também a família Ito – a prática desse esporte, contribuindo para o seu desenvolvimento e difusão.

Durante a Era Edo, não houve guerras, e o jogo tornou-se um atrativo não somente para nobres e soldados, como também para populares, até o fim do governo feudal. Entretanto, após a Revolução Meiji, o shogui decaiu, devido à turbulência política. O sistema de iemoto (sistema tradicional de perpetuação do jogo ao longo das gerações), adotado no governo Tokugawa, foi extinto por não se adequar à era moderna. Com a divulgação do shogui pelos jornais da Era Meiji, o jogo tornou a adquirir popularidade. Em 1962, iniciou-se a transmissão de partidas de shogui pela televisão e, em 1973, foi permitido nas escolas públicas de ensino fundamental avançado e, no ano seguinte, também nas de ensino secundário a prática de shogui como atividade extra-curricular (kurabu katsudou), aumentando o número de jovens praticantes.

O tabuleiro e as peças
O tabuleiro mais nobre é aquele feito de kaya (colmo), mas normalmente se utiliza o de katsura (espécie de árvore japonesa). As dimensões são de 33,3 cm de largura por 36,4 cm de comprimento. Não há limitação da altura, mas dizem que os tabuleiros atuais são mais altos. O tabuleiro é quadriculado de forma a ter 81 casas (9 colunas horizontais e 9 verticais). As peças em formato pentagonal são, de preferência, de tsuge (buxo), e as mais comuns são de tsubaki (camélia), maki (podocarpo), yanagi (salgueiro) e outros.

O município de Tendo, província de Yamagata, é conhecido como produtor de peças de shogui, desde o final da Era Edo. A partir dos anos 60, tornou-se possível adquirir peças confeccionadas em plástico por preços mais acessíveis. Os tipos de peças são: oushou (rei-1) = o jogo termina quando se perde esta peça; kinshou (2), ginshou (2), keima (2), kyousha (2), hisha (1), kakugyou (1) e fuyou (9), totalizando 40 peças, mas é possível tomar as peças do adversário e incluí-las no próprio arsenal. Semelhante ao xadrez, o grande objetivo do shogui é capturar o rei adversário. Quando isso acontece, o jogador diz “oute”!

Presente para nascimento
Atualmente, está em voga oferecer, na ocasião de nascimento do bebê, um objeto decorativo com o formato de peça de shogui, com a inscrição de oushou (rei) na frente e a data de nascimento da criança atrás, desejando que ela cresça forte, saudável e inteligente como os atributos daquela peça de shogui. Mesmo para o rei que atua sobre o tabuleiro, há momentos de glória e também as inevitáveis derrotas. Isso se parece exatamente com o jogo da vida humana.

O shogui no Brasil
No círculo dos descendentes de japoneses no Brasil, os praticantes de shogui reuniram-se fundando uma associação para seu aprimoramento (Associação Brasileira de Shogui – tel.: 11 3209-7687). Constituída por cem membros, dentre os quais duas ou três mulheres e uns poucos jovens, a média de idade de seus participantes está acima de 70 anos e a anuidade custa R$ 200. São realizadas quatro competições ao ano. Está sendo atualmente estudada a possibilidade de divulgar o esporte entre os não descendentes, entretanto tal idéia tem encontrado dificuldades. O maior grau alcançado no Brasil é de roku-dan (sexto grau). Aqui vai uma sugestão aos caros leitores para aprenderem shogui. Há muitos benefícios: o jogo libera o estresse e previne a esclerose, pois exige raciocínio. O shogui pode ter um efeito colateral: não conseguir mais parar.


Arquivo NippoBrasil - Edição 285 - 24 a 30 de novembro de 2004
Busca
Cultura Tradicional
Arquivo Nippo - Edição 329
O suicídio antes e depois da internet
Arquivo Nippo - Edição 327
A história do ensino da língua japonesa no exterior
Arquivo Nippo - Edição 325
Cerimônias de casamento ontem e hoje
Arquivo Nippo - Edição 323
Pet shops
Arquivo Nippo - Edição 321
O monumento da “criança e a bomba atômica”
Arquivo Nippo - Edição 319
Bon-odori
Arquivo Nippo - Edição 317
As características das mulheres por província
Arquivo Nippo - Edição 315
Tanabata Matsuri – O Festival das Estrelas
Arquivo Nippo - Edição 313
Museu em Yokohama apresenta a história dos japoneses no exterior
Arquivo Nippo - Edição 311
Minamoto-no-Yoshitsune
Arquivo Nippo - Edição 309
O taikô japonês
Arquivo Nippo - Edição 307
Festejos e tradições de Tango no Sekku
Arquivo Nippo - Edição 305
A Golden Week e as viagens
Arquivo Nippo - Edição 301
A cerimônia de formatura e o uso do hakama como traje oficial
Arquivo Nippo - Edição 299
Abertura dos portos – um passo em direção à sociedade internacional
Arquivo Nippo - Edição 297
Hinamatsuri
Arquivo Nippo - Edição 295
Setsubun marca mudança de estação
Arquivo Nippo - Edição 293
Kagamibiraki
Arquivo Nippo - Edição 290
Joya-no-kane: O bater dos sinos na passagem do ano
Arquivo Nippo - Edição 287
As sete divindades da felicidade (Shichifukujin)
Arquivo Nippo - Edição 285
Dia do shogui
Arquivo Nippo - Edição 283
Chushingura
Arquivo Nippo - Edição 281
Dia Internacional Contra a Guerra
Arquivo Nippo - Edição 277
A pintura ocidental japonesa
Arquivo Nippo - Edição 275
Casamentos e pérolas
Arquivo Nippo - Edição 273
Dia da Prevenção contra Catástrofes
Arquivo Nippo - Edição 271
História e origem do banho de ofurô
Arquivo Nippo - Edição 269
Idades do azar: descubra quais são e como é possível livrar-se delas
Arquivo Nippo - Edição 267
Okoden e missas em memória de falecidos
Arquivo Nippo - Edição 265
Tanabata e tanzaku
Arquivo Nippo - Edição 263
Tatuagem – Irezumi


A empresa responsável pela publicação da mídia eletrônica www.nippo.com.br não é detentora de nenhuma agência de turismo e/ou de contratação de decasségui, escolas de línguas/informática, fábricas ou produtos diversos com nomes similares e/ou de outros segmentos.

O conteúdo dos anúncios é de responsabilidade exclusiva do anunciante. Antes de fechar qualquer negócio ou compra, verifique antes a sua idoneidade. Veja algumas dicas aqui.

© Copyright 1992 - 2022 - NippoBrasil - Todos os direitos reservados