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Arquivo NippoBrasil - Edição 074 - 12 a 18 de outubro de 2000
 
Jojutsu: técnica japonesa de luta com bastão

História, Características Técnicas e Fundamentos
Conta-se que há quase quatro séculos e meio, Muso Gonosuke, um guerreiro japonês adestrado na espada do estilo Tenshin Katori Shinto Ryu, desafiou um outro espadachim para um duelo, com a intenção de testar suas próprias habilidades. Mas foi derrotado por seu oponente que estranhamente preferia usar o bokuto, uma espada de madeira. Assim, a primeira e única derrota de Gonosuke foi contra uma das lendas do panteão marcial japonês, o santo da espada, Miyamoto Musashi*.

Com a intenção e a determinação de obter uma revanche, Gonosuke se retirou do treino formal do kenjutsu e passou a meditar sobre as causas de sua inferioridade diante da técnica devastadora da escola Niten Ryu de Musashi. Após noites e dias em claro, dúvidas e fracassos, em um momento de devaneio, Gonosuke encontrou a resposta para seu grande enigma. O problema não era sua inferioridade técnica, corporal ou estratégica. Ainda que aprendesse a técnica do oponente, se fortalecesse e criasse novas táticas, iria fatalmente perder porque não estaria atuando em seu próprio ambiente. Assim, a resposta ao seu dilema era simples: precisaria de uma ferramenta diferente.

Esta arma que idealizou supria as deficiências da espada em questões de distância de combate e era mais eficiente e rápida que as alabardas e bastões longos, sem o inconveniente da lentidão dos movimentos longos e circulares. Essa arma, na verdade um bastão de madeira pesada mas flexível, com 1,28m de comprimento e um diâmetro de 2,6cm, passou a ser chamada de Jo e foi com ela que Gonosuki solicitou novo duelo. Musashi reconheceu o valor dessa arma recém criada, cujas técnicas imitavam a espada, simulando o corte e a perfuração com a batida e a estocada, além de cobrir todo o perímetro de segurança de seu portador com um único movimento de varredura igual ao executado com a lança, a alabarda e o bastão longo. Provavelmente esta inovação marcial também estimulou Musashi a lutar com duas espadas no lugar de uma, simulando as duas extremidades do Jo que atacavam com inumeras e velozes combinações de golpes.

Notoriamente uma arma simples, aparentemente discreta e inofensiva semelhante ao cajado dos monjes, em pouco tempo o Jo devido ao seu menor comprimento e fácil porte, possibilitou sua utilização não apenas nas academias de artes marciais tradicionais, mas também nos batalhões de choque e na polícia metropolitana japonesa.

Dependendo da habilidade técnica e maestria do praticante de Jojutsu, é possível vencer o adversário sem precisar matá-lo e derramar sangue.

Por ser praticado em formas de kata, ou sequências de movimentos pré-estabelecidos, sem o uso de protetores típicos do kendô, não é raro ocorrer contusões ou hematomas quando há a menor das distrações, de um segundo que seja, por parte dos praticantes.

Existem várias escolas que adotam a prática com o Jo em seu currículo marcial, sendo o Shindo Muso Ryu, fundada no século 17, considerada a precusora de outros estilos ligados ao Jojutsu, a arte do Jo.

No Japão dois grandes mestres que deixaram inegável contribuição na expansão e perpetuação do Jojutsu foram Shimizu sensei e Otofuji sensei.


*Miyamoto Musashi é o autor de Go Rin No Sho, o livro dos Cinco Elementos, e teve sua vida romanceada em um best-seller do escritor japonês Eiji Yoshikawa, ambos traduzidos no Brasil e a venda nas melhores livrarias.

O Jojutsu no Brasil
No Brasil os pioneiros na arte do Jo estão registrados como sendo membros da família Kishikawa, representados pelos mestres Jorge, Mika, Yoshiaki, Mitiko e Roberto, que associaram o treinamento do Jo com outros estilos do kenjutsu antigo, inclusive o Niten Ryu de Musashi, ao kendô moderno.

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