História
O sumô, esporte nacional do Japão, tem uma história
de mais de dois mil anos. Acredita-se que o arquipélago
tinha suas ilhas habitadas por diferentes povos e cada uma delas
possuía seu próprios deuses. Por volta do século
5, decidiu-se que o soberano de todas elas seria definido através
de uma luta de sumô. De confrontos em confrontos, apareceu
Takemikazuchi, um deus de força monstruosa, que reinou
absoluto por vários séculos. Assim, essas ilhas
e tribos rivais acabaram se fundindo num povo único.
Ainda
segundo a lenda, o Japão teria sido criado pela deusa Amaterasu.
Assim, até hoje, o imperador japonês - considerado
descendente direto da deusa - mantém a tradição
comparecendo à abertura dos torneios de sumô, sendo
a Taça do Imperador o prêmio máximo para o
lutador campeão. As características específicas
do sumô japonês desenvolveram com o passar do tempo
em harmonia com o clima e ambientes naturais do Japão juntamente
com as características culturais e espirituais dos japoneses.
No
início, o sumô era uma luta selvagem, transformando-se,
após a implantação de regras e o desenvolvimento
de técnica, em luta marcial. No século 8, as lutas
eram realizadas durante os banquetes anuais da Corte Imperial.
Aliás, até a Era Kamakura (1185 d.C.), o sumô
era restrito ao Imperador, shoguns e daimyôs (senhores feudais),
que organizavam competições entre seus lutadores
e apresentações em festas religiosas para homenagear
deuses xintoístas.
Com
o desenvolvimento do feudalismo depois do século 10 e o
predomínio do poder da classe dos guerreiros, o sumô
veio a ser amplamente praticado como uma técnica de luta
entre eles (1192-1580).
No
governo Tokugawa (1603-1868), a modalidade desenvolveu-se com
academias financiadas pelos daimyôs. Os lutadores tornaram-se,
assim, profissionais. Em 1868 foi fundada a Associação
Japonesa de Sumô, que até hoje é a entidade
máxima da modalidade.
No
Brasil
O primeiro campeonato de sumô no Brasil foi registrado no
ano de 1912, na cidade de Guatapará, na região de
Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Imigrantes
movidos pela saudade da terra natal e pela falta de opções
de lazer, começaram a treinar nos cafezais. Em 1962 foi
realizado a primeira competição oficial, em Mogi
das Cruzes. No ano seguinte surgiu a Federação Paulista
de Sumô, que até o princípio deste ano estava
subordinada a Confederação Brasileira de Pugilismo.
Desde janeiro, Yoichi Okamoto preside a Confederação
Brasileira de Sumô, que conta com as federações
de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Pará.
O Brasil
é apontado como uma das principais potências da modalidade.
O País chegou a ter, inclusive, dez lutadores tentando
a profissionalização no Japão. Hoje, são
apenas três. Dois deles, Yoshinobu Kuroda e Vander Ramos,
estão muito próximos de conseguir chegar ao jyuryô,
o primeiro estágio entre os profissionais (o brasileiro
Gô Ikemori já esteve nessa categoria).
Princípios
O sumô chegou às escolas, exército e às
empresas japonesas, baseado na crença de que a luta fortalece
o espírito e melhora o controle mental. O sumô atualmente
segue as tradições e regras estabelecidas há
séculos. Por isso, continua homenageando os deuses, pedindo
proteção e rezando para uma boa colheita, como se
fazia antigamente.
O
caminho dos profissionais
Jonokuchi estreante (primeiro estágio no
ranking 400º lugar)
Jonidan nível acima com cerca de 200 lutadores
Sandan-me terceiro nível, com cerca de 100
lutadores
Makushita quarto nível (50 lutadores)
Jyuryô quinto nível (15 lutadores
é o primeiro estágio entre os profissionais)
Maegashira primeira divisão
Komosubi aspirante a campeão
Sekiwake campeão júnior
Ozaki campeão
Yokozuna campeão máximo (campeão
dos campeões)
Os
principais golpes
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