História
Como a maioria das artes marciais, a história do Taekwondo,
o caminho dos pés e das mãos, tem raízes
milenares. Ela remonta ao chamado Período dos Três
Reinos (18 a.C- 935d.C). Com a disputa pelo poder entre os reinos
de Koguryo, Silla e Paekche, fez-se necessária uma organização
militar para a defesa dos interesses de cada um deles. Silla era
o menor reino e possuía o menor exército. Por isso,
a nobreza treinou seu contingente militar, chamado de Hwarang
Do, em várias artes marciais e criou um código de
honra. A eficiência da arte marcial praticada em Silla propiciou
a esse reino unificar a península coreana em 668. Com o
surgimento dos explosivos, as artes experimentaram um declínio.
Na Era Choson (1392-1910), novamente elas voltam a ter status
e o Taekkyon foi escolhido como a principal delas. No final
dessa Era, quando ocorreu a invasão japonesa, que durou
de 1910 a 1945, as artes marciais foram proibidas na Coréia.
Alguns mestres buscaram refúgio em templos budistas e outros
viajaram para a China e para o próprio Japão. Com
o fim da Segunda Guerra, os mestres voltaram para a Coréia
trazendo nova bagagem marcial.
A denominação
Taekwondo, no entanto, surgiu apenas em 1955, fruto de uma reunião
dos grandes mestres de diversas escolas, que teve como finalidade
unificar as artes marciais coreanas. Sob a supervisão do
General Hong Hi Choi, utilizou-se essa expressão para a
unificação. Em setembro de 1961 fundou-se a Korea
Taekwondo Association, com o objetivo de regular a prática
da arte em território coreano. Em 1966, foi inaugurada
a International Taekwondo Federation. O Taekwondo está
presente em mais de 150 países, possuindo mais de 3 mil
mestres e aproximadamente 40 milhões de praticantes. No
Brasil, a arte chegou oficialmente em 1970 por intermédio
do mestre Sang Min Cho. Atualmente estima-se que existam cerca
de 200 mil praticantes no País.
|
Princípios
O Taekwondo sempre teve em sua essência um caráter
militar, com ideais patrióticos. O grande objetivo da arte
é formar um cidadão, alguém que conviva bem
na sociedade. O espírito do Taekwondo valoriza a cortesia,
integridade, perseverança, autocontrole e espírito
indomável. Entre os itens do juramento prestado pelos praticantes
estão a observação das regras do Taekwondo,
o respeito ao instrutor e superiores, evitar a má utilização
da arte, ser campeão da liberdade e da justiça e construir
um mundo mais pacífico. |
Prática
e Graduação
Nas academias ensina-se o básico de Taekwondo, que vai desde
as normas de conduta até a parte prática, que visa
a dar um bom condicionamento físico além das noções
e princípios de defesa pessoal. No Taekwondo a graduação
segue o esquema de faixas, que vão desde a branca até
a preta. Em geral, para se chegar à faixa preta são
necessários de três a quatro anos. Atingido esse estágio,
o praticante tem ainda mais 10 graduações, chamadas
de Dan. Somente a partir do 4º Dan é que o praticante
é considerado um mestre. |
Competição
O Taekwondo foi incluído como esporte olímpico em
2000. Mas tanto na Olimpíada de 88, em Seul, na Coréia
do Sul, quanto em 92, em Barcelona, a arte já havia participado
como esporte demonstração. Numa competição
oficial, as lutas duram nove minutos, divididos em três
rounds de três minutos cada.
Os
atletas utilizam protetores de canela, antebraço, genitais,
cabeça e tronco. Apenas os protetores de cabeça
e tronco ficam na parte externa, ou seja por cima do uniforme,
e indicam que somente essas áreas podem ser atingidas no
combate. Um chute nessas regiões vale um ponto. Um soco
no tronco também vale um ponto. No final, ganha aquele
que conseguir maior pontuação. O combate pode ser
decidido também por nocaute.
É
expressamente proibido socar o rosto do adversário, agarrá-lo
ou empurrá-lo. A etiqueta dos lutadores também é
prezada. No final da luta, o atleta deve cumprimentar o árbitro,
o adversário, assim como o técnico do seu oponente.
|