(Arquivo
Jornal NippoBrasil)
A cidade de Santana de Parnaíba tem um dos maiores conjuntos
arquitetônicos tombados e preservados do Estado de São
Paulo. Um passeio por seu Centro Histórico une cultura
e lazer. O município resguarda importantes imóveis
remanescentes do período colonial, que têm servido
como base para estudos da técnica construtiva, do modo
de vida e dos costumes paulistas nos primeiros séculos
da colonização.
Passar
um dia ou um fim de semana no município é uma
agradável experiência de descoberta. Para quem
fica em São Paulo, a cidade é ótima opção
para viagens curtas nos finais de semana. O passeio em Santana
de Parnaíba pode começar pelo centro histórico
do município. São 209 edificações
que mantêm as características da época colonial.
As
casas térreas e sobrados construídos no alinhamento
da rua, com beirais pronunciados sobre o calçamento,
foram restaurados pelo Projeto Oficina Escola de Artes e Ofícios
e retomaram seus ares originais. O centro é também
um grande palco, onde acontecem, durante todo o ano, diversos
eventos culturais, religiosos e turísticos que atraem
milhares de turistas à cidade. Como acontece durante
o Corpus Christi, a festa da Padroeira SantAnna, o Encontro
de Antigomobilismo e o Caminho do Sol, que sai de Santana de
Parnaíba e é uma versão do Caminho de Santiago,
por exemplo. Além disso, os museus, os monumentos, a
Igreja Matriz, os restaurantes, as feiras de artes e a arquitetura
são atrações à parte.
Pontos
Turísticos
HISTÓRIA - Vista aérea da cidade, que fica próxima
a São Paulo
Barragem
Edgard de Souza
Inaugurada em 23 de Setembro de 1901, foi a primeira usina
da Light no Brasil e também a primeira hidrelétrica
a abastecer São Paulo. Está localizada na Estrada
dos Romeiros (Cachoeira do Inferno Rio Tietê).
Casa
da Cultura Monsenhor Paulo Florêncio da Silveira
Camargo
O sobrado construído por volta do século
XIX é um exemplar típico das construções
paulistas, com paredes estruturais em taipa de pilão
cobertas com telhas capa canal, portas altas e elevado pé
direito. Está localizado no Largo da Matriz, nº19.
É um patrimônio tombado pelo Iphan desde dezembro
de 1958 e pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio
Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico)
desde maio de 1982.
PASSADO - Igreja matriz é o principal marco do município
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Coreto
Maestro Bilo
Doado
e construído em 1892, com ferros que vieram da Inglaterra,
o coreto é um dos mais belos monumentos históricos
da cidade. O piso era de assoalho e o porão oco em função
da acústica. Em 1963, esse monumento foi aterrado, reformado
e diminuído em 60 cm de altura, preservando seu gradil
original e o restante de sua arquitetura. Continua, hoje, sendo
palco de apresentações e é considerado
o cartão de visitas da cidade, juntamente com a Igreja
Matriz, o Casarão e o Museu. Localizado na Praça
14 de Novembro, ao lado da Igreja Matriz.
Igreja
Matriz
É considerada o marco mais importante do Município.
De acordo com os registros históricos, em meados de 1560,
foi erguida na cidade a primeira capela, dedicada a Santo Antônio.
A pequena igreja era feita de pau-a-pique e coberta de folhagens.
No ano de 1580, a segunda capela, dedicada a SantAna,
foi construída. Em 1610, uma terceira capela foi construída,
também por André Fernandes, e, em 1625 foi elevada
a Matriz, hoje conhecida como Paróquia de SantAna.
A edificação atual data de 1892, e seu estilo
é eclético, possuindo piso em canela preta e altares
que acompanham a liturgia. Tombada pelo Condephaat (Conselho
de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico,
Arqueológico e Turístico).
Museu
Casa de Anhangüera
Nesta casa, típica das construções
do século, em taipa de pilão e taipa de mão,
morou o bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva o Anhangüera
e era ponto de parada para estes viajantes. A edificação
representa uma tradição urbana das primitivas
moradas paulistas, que mantêm até hoje seu estilo
original. Foi transformado no Museu Histórico e
Pedagógico Casa do Anhangüera durante a semana
comemorativa da criação da vila, em 14 de novembro
de 1962, possuindo grande valor arquitetônico e histórico.
Tombada pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico,
Artístico e Nacional) em outubro de 1958 e pelo Condephaat,
em maio de 1982.
Caminho
do Sol
O roteiro religioso na Grande São Paulo começa
no centro histórico de Santana de Parnaíba, onde
o peregrino recebe da Secretaria de Cultura e Turismo um documento
chamado Passaporte do Sol (Mapa do percurso). É
a versão paulista do Caminho de Santiago de Compostela:
o Caminho do Sol, um roteiro que envolve 12 cidades do interior
de São Paulo. Os devotos percorrem 240 km, cruzando trilhas
e trajetos rurais já existentes entre as cidades de Santana
de Parnaíba e Pirapora do Bom Jesus, na Grande São
Paulo, até Águas de São Pedro, onde se
encontra a imagem de São Tiago marcando o final da peregrinação.
Festas
e Eventos Regionais
Carnaval
A festa começa na sexta-feira, com o famoso Grito
da Noite, a abertura oficial do carnaval de Santana de
Parnaíba. A cidade ganha ares fantasmagóricos,
a população sai às ruas fantasiada e segue
o Grito da Noite pelas ruas do centro histórico.
O carnaval parnaibano segue a tradição folclórica
de origem africana, e os cabeções, que acompanham
o cortejo, são uma das mais legítimas representações
da arte popular da cidade. Na região metropolitana, é
o único carnaval de rua com apresentações
de blocos.
Corpus
Christi
É uma das maiores manifestações religiosas
do Estado de São Paulo e que atrai, a cada ano, milhares
de visitantes à cidade. Diversas ruas do centro histórico
são ornamentadas pelos moradores com os tapetes coloridos
feitos com serragens, pó de café e cascas de ovos.
As ilustrações, com motivos religiosos, surpreendem
pela perfeição. A comunidade participa ativamente
fazendo com que o Centro Histórico amanheça coberto
pelo tapete. Missas e procissões completam a festa.
Drama
da Paixão de Cristo
A encenação da Paixão apresenta a
trajetória de Jesus Cristo na Sexta-feira da Paixão
e no Sábado de Aleluia. O espetáculo tradicional
no município de Santana de Parnaíba leva mais
de 30 mil espectadores à cidade. O cenário da
peça, que conta com 70 atores e 250 figurantes, é
a Barragem Edgard de Souza, nas margens no Rio Tietê.