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Circuito Histórico de Minas Gerais
As cinco cidades reunidas nesta reportagem possuem mais de 40 igrejas e inúmeros casarões que traduzem toda história e riqueza cultural da região

A Basílica Bom Jesus dos Matosinhos abriga os doze profetas de Aleijadinho
 

(Arquivo NB)

No começo do século 18 a extração do ouro impulsionou o crescimento de Minas Gerais, promovendo a construção de exuberantes e pomposas igrejas folhadas com o minério e adornadas com trabalhos de mestres da arte barroca como Aleijadinho. Não somente os templos, mas todas construções refletem a prosperidade da época do ouro que durou, apenas, cerca de cem anos.

As cinco cidades em destaque, espalhadas entre as regiões Sudeste e Central do estado mineiro, retratam bem essa riqueza e concentram grande parte do acervo barroco brasileiro, além de servir como referência para a arte no mundo.

 

Congonhas

A cidade dos doze profetas de Aleijadinho, guardam, além das esculturas em pedra-sabão, mais outras 66 obras em tamanho natural, feitas em cedro, que retratam os doze atos da Paixão de Cristo. Toda essa imensa herança cultural está localizada num só lugar: a Basílica Bom Jesus dos Matosinhos, idealizada pelo português Feliciano Mendes em agradecimento a uma graça alcançada.

Para a construção, iniciada por volta de 1757, Feliciano pedia esmolas para custear a obra, mas não chegou a ver a Basílica concluída, pois morreu em 1765. Foi então que alguns artistas, entre eles Aleijadinho, Manoel da Costa Ataíde e Francisco Xavier Carneiro, foram contratados para dar continuidade a Basílica, que foi finalizada somente em 1875.

Entre os anos de 1796 e 1805 as escadarias e os passos da Paixão de Cristo foram construídos. Nessa época a doença misteriosa que assombrava Aleijadinho estava num estágio avançado. Para trabalhar o escultor amarrava os instrumentos a seus braços e contava também com a preciosa ajuda de seus discípulos.

 

Mariana


A Vila foi a primeira capital de Minas Gerais

Em 1703 foi fundada a Vila do Ribeirão do Carmo, depois rebatizada em homenagem a Maria Ana D’Austria, esposa de D. João V. A cidade é o berço de diversos nomes como Manuel da Costa Ataíde, pintor sacro e Frei Rita Durão, autor de “Caramuru”.

Para conhecer e ter idéia de como era a vida e os perigos enfrentados pelos garimpeiros da época, o passeio da Mina da Passagem - uma das poucas escavações abertas no Brasil -, é indispensável. São 315 metros de descida a bordo de um trolley (carrinho) e no final do percurso, a 120 metros de profundidade, depara-se com um belo lago natural de águas cristalinas. Ao total a mina tem 30 quilômetros de túneis e galerias, que ligam subterraneamente as cidades de Mariana e Ouro Preto, distantes 13 quilômetros entre si.

A Catedral Basílica da Sé é um bom exemplo da arquitetura simples empregada nas primeiras construções religiosas do período. Depois de diversas ampliações, os mestres Aleijadinho e Ataíde deixaram suas marcas na rica decoração interior.

 
São João Del Rei

Ficou conhecida como a “Terra onde os sinos falam”, pois é a única cidade do Brasil onde as badaladas continuam sendo ouvidas, de dia e de noite, com todas as variedades executadas antigamente.

Além dos sinos, a cidade é conhecida pelas antigas pontes de pedra do século 18. As armações foram importantes para o crescimento da vila, pois ela é cortada pelo Córrego do Lenheiro e seus afluentes, que duas a três vezes ao ano aumentam seu fluxo transformando o pequeno fio d’água em um verdadeiro rio (por isso a necessidade de pontes mais robustas). Atualmente existem apenas duas pontes desse tipo na cidade: a Ponte do Rosário e da Cadeia.

Construída em 1721 para substituir a capela incendiada na Guerra dos Emboabas, conflito entre paulistas e portugueses devido a disputa pelo ouro, a Igreja de Nossa Senhora do Pilar abriga a maior superfície pintada da época barroca brasileira. A pintura, no teto da edificação, foi executada por Venâncio José do Espírito Santo, que entre anjos, querubins e nuvens, encontrou um meio de expressar seu amor pela cônjuge, retratando-a em meio aos seres alados. Outras duas obras trazidas de Portugal em 1730 enfeitam o recinto, harmonizando com a decoração rica em ouro e talhas. No início do século 19 a fachada da igreja sofreu uma reformulação geral, deixando o exterior da edificação com ar neo-clássico, e por fim, em 1965 recebeu o título de basílica.

 

Tiradentes


O chafariz de São José é um dos mais belos do Brasil

Uma das primeiras atitudes do governo republicano, em 1889, foi mudar o nome do município de São José Del Rei (homenagem ao rei de Portugal) para a do alferes símbolo da Inconfidência Mineira, Tiradentes.

O chafariz de São José no centro da pequena cidade, construído em 1749 pela Câmara Municipal local, é considerado um dos mais belos de todo o Brasil. A fonte de estilo barroco, ornada por uma imagem de São José e o brasão de armas da Metrópole, tinha três funções: na parte frontal, abastecer a população com água potável; na parte posterior direita servia de suporte para as lavadeiras; e na esquerda era um bebedouro para animais.

A Igreja do Rosário possui características únicas e bem peculiares. Erguido em 1708, o santuário foi todo feito em pedra e seus três altares são decorados com diversas imagens, todas ela negras com exceção de Nossa Senhora do Rosário, a única branca. A igreja é, também, símbolo da fé dos escravos, que desviavam ouro dos senhores, escondendo o minério em suas unhas e cabelos para usá-lo na decoração da edificação.

 

Ouro Preto


A cidade possui a maior concentração de arquitetura barroca do País

Declarada em 1980 pela Unesco como Patrimônio Cultural da Humanidade, a antiga Vila Rica de Ouro Preto foi o ponto inicial da exploração do território mineiro e a cidade que possui a maior concentração de arquitetura barroca do todo o País.

Podemos destacar a Matriz Nossa Senhora do Pilar, onde aproximadamente 400 quilos de ouro e outros 400 de prata foram usados para embelezar o recinto. A talha da capela-mor é obra de Francisco Xavier de Brito, um dos maiores nomes do barroco brasileiro, que esculpiu mais de quatrocentos anjos nessa igreja.

Já o prédio construído em 1785, que foi usado como Casa da Câmara e cadeia, hoje, ironicamente, abriga o Museu da Inconfidência. A casa que reúne as lembranças importantes do levante, mantém documentos da insurreição, pedaços da forca onde morreu Tiradentes e o Panteão dos Inconfidentes (que guarda os restos mortais dos principais nomes do movimento).


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