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Arquivo NippoBrasil - Edição 044 - 17 a 23 de março de 2000
 
Pergunta:
Retinopatia Diabética

A Diabetes Mellitus é uma doença de origem multifatorial que acomete 8% da população brasileira, caracterizada pelo aumento do açúcar no sangue (glicemia) podendo comprometer vários órgãos, ocasionando nefropatias, vasculopatias, neuropatias e, no olho, formação de catarata e de retinopatia diabética.

Existem 2 tipos de diabetes: Tipo I ou Juvenil (insulino dependente) e seu aparecimento ocorre antes dos 30 anos de idade; e o Tipo II ou Adulto (não insulino dependente), que é mais freqüente e acomete pacientes maiores de 30 anos. Os sintomas da diabetes são: muita fome e sede; necessidade de urinar a toda hora; desânimo, fraqueza e cansaço físico; infecções de pele freqüente; lesões de difícil cicatrização; perda de peso em pessoa jovem (tipo I); ganho de peso em idoso (tipo II); e alterações da visão: num dia enxerga-se bem e no outro mal.

A retinopatia diabética (conhecida como lesões oculares retinianas) é decorrente da alteração na parede dos pequenos vasos sangüíneos (conhecido como capilares) que nutrem a retina. Com a evolução da diabete, os pequenos vasos começam a enfraquecer e deixam vazar sangue, inundando a retina adjacente. Quando obliterados os vasos não podem levar sangue à retina e o corpo reage formando pequenos novos vasos (neovascularização), que são malformados e crescem desordenadamente, tendendo à contração ou sangramento, produzindo hemorragias no vítreo (gel que preenche o olho) e trações sobre a retina que pode levar ao descolamento. O comprometimento ocular é questão de tempo. Para o diabetes Tipo I cerca de 70% dos pacientes desenvolverão alterações após 10 anos da diabetes e 90% após 30 anos. Para o diabetes Tipo II, 10% apresentam alterações na data do diagnóstico da diabetes (lembrar que nem sempre o diagnóstico corresponde ao início da doença) e em torno de 60% após 15 anos da diabete. A associação da hipertensão arterial, nefropatia, gravidez, fumo e cirurgia de catarata pode piorar o prognóstico.

A retinopatia diabética pode ser classificada em: Não proliferativa, podendo apresentar embaçamento visual ou ver manchas escuras ou não ter nenhum sintoma visual, caracterizada pela presença de microaneurismas, hemorragias e edema de retina além de precipitados lipídicos; e Proliferativa, que pode apresentar visão embaçada (no início pode não ter sintoma), caracterizada por neovascularização na papila (nervo óptico) e ou retina e podendo estar associado com hemorragia vítrea e ou descolamento de retina tracional, podendo chegar à cegueira (cerca de 2% dos diabéticos acabam ficando cegos). O tratamento da retinopatia diabética é realizado com laser e deve ser acompanhado com o controle da glicemia. O objetivo do tratamento com laser é prevenir a perda visual, e a melhor época para o tratamento ocorre antes que o paciente sinta a redução da visão.

O tratamento pode ser cirúrgico nas fases tardias da doença (quando o laser não é mais eficaz no tratamento) através da vitrectomia, quando há hemorragia persistente e recidivante no vítreo ou quando há descolamento tracional da retina central. Recomenda-se aos diabéticos acompanhamento constante com oftalmologista em visitas no mínimo anuais através do exame periódico de mapeamento de retina (exame do fundo de olho) com dilatação pupilar, mesmo que não apresente sintomas visuais. Se existirem alterações compatíveis com retinopatia diabética, com ou sem baixa visão, o exame oftalmológico deve ser realizado em intervalos mais curtos e complementados com retinografia e angiofluoresceinografia (retinografia com contraste) quando necessário.

 
Atenção! Não pratique automedicação!
Consulte sempre um médico de sua confiança.

Dr. Lauro T. Kawakami
Colaborador voluntário do Setor de Retina e Vítreo da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - Escola Paulista de Medicina

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