Popularmente
conhecido como derrame cerebral, o Acidente Vascular
Cerebral (AVC) é uma das principais causas de morte e incapacitação
física e mental. Para evitá-lo é importante
conhecer a doença, os fatores de risco e como se prevenir.
Vamos por etapas saber o funcionamento do nosso organismo.
O cérebro
necessita ininterruptamente de oxigênio e glicose transportado
pelo sangue que corre dentro dos vasos através de bombeamento
cardíaco até chegar ao cérebro. Cada área
dentro dele apresenta uma determinada função: existe
uma área responsável pelo movimento, pela sensação
e coordenação de cada segmento do nosso corpo, pela
comunicação, etc. Sendo assim, o modo como se manifesta
o AVC é diferente em cada paciente, dependendo da área
e extensão do cérebro que foi atingida.
Usualmente,
o que sugere que uma pessoa está com AVC é a rapidez
com que aparecem as alterações, (de maneira abrupta)
ou ainda por ser rapidamente progressiva. Veja alguns sintomas:
1)
perda de força ou sensação nos membros,
dificultando a movimentação
2) distúrbios de linguagem, passando a falar enrolado
ou sem conseguir se expressar ou compreender
3) alteração visual
4) dor de cabeça súbita e intensa, muitas vezes
seguida de vômitos
5) depressão do estado de consciência (sonolência,
confusão mental até coma)
O AVC
classifica-se em dois tipos: o AVC Isquêmico (AVCI) quando
há obstrução do vaso ou redução
do fluxo de sangue do corpo, levando à falta de circulação
sanguínea cerebral; e o AVC Hemorrágico (AVCH) quando
o vaso sanguíneo se rompe, derramando o sangue no cérebro.
AVCI
pode ser transitório e visto como ameaça de
derrame, ou seja, os sintomas neurológicos regridem
dentro de 24 horas. São circunstâncias em que a circulação
sangüínea retorna após minutos. Este quadro
é muito importante, pois é um aviso de que pode
ocorrer um dano definitivo com seqüelas neurológicas
permanentes a qualquer momento se nada for feito para evitá-las.
Já
no AVCH o volume do sangue derramado pode comprimir o cérebro
e aumenta a pressão intracraniana dificultando a chegada
do sangue ao cérebro, trazendo conseqüências
drásticas. As causas mais frequentes são a crise
hipertensiva, ruptura de aneurisma (dilatação da
parede de artéria) cerebral e dificuldade para coagular
o sangue (ex. uso de medicamentos anticoagulantes).
Portanto,
derrame cerebral é uma urgência médica. Havendo
suspeita, é preciso levar o paciente imediatamente ao pronto
socorro. Na próxima edição, não perca
a segunda parte sobre o assunto e os principais fatores de risco.
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