Uma
das maiores preocupações da Organização
Mundial de Saúde é o combate à doença
aterosclerótica, principalmente no coração
(nas artérias coronárias). Entre 30% e 45% dos óbitos
em todo o mundo se deve a doença cardiovascular, sendo
que um terço desses óbitos decorre de aterosclerose
coronária. Para se ter um idéia da dimensão
do problema, segundo o Ministério da Saúde, somente
no ano de 1997 morreram 221 mil brasileiros vítimas de
doença cardiovascular.
De
maneira simplificada, as artérias coronárias são
os vasos que levam o sangue ao músculo do coração.
A aterosclerose coronária é o acúmulo de
placas de gordura no interior dessas artérias coronárias.
O acúmulo de gordura provoca o entupimento das coronárias,
determinando um suprimento inadequado de sangue para o músculo
cardíaco. Quando esse entupimento é parcial, pode
provocar sintomas de dor no peito nos esforços físicos
(angina do peito), entretanto quando existe a obstrução
total, provoca a morte das células musculares do coração
(infarto agudo do miocárdio).
O infarto
agudo do miocárdio é uma grave emergência
médica. Aproximadamente metade de todas as mortes por infarto
ocorrem na primeira hora da instalação do quadro.
O objetivo do tratamento é tentar desobstruir a coronária
ocluída, e quanto mais rápido se conseguir essa
desobstrução, melhor é a evolução
clínica dos pacientes. Até os anos 70, taxas tão
elevadas quanto 30% dos pacientes vítimas de infarto não
sobreviviam. Porém com o surgimento das UTI coronárias,
novas medicações para o controle do infarto e drogas
capazes de desobstruir a coronária, os índices de
mortalidade hospitalar reduziram a valores de aproximadamente
10%. Entretanto, em hospitais que dispõem de um laboratório
de cateterismo cardíaco, é possível tratar
o infarto através da técnica de angioplastia
coronária, em que se desobstrui a coronária
ocluída por meio de pequenos cateteres e balões
introduzidos através do braço. Com essa técnica,
além de revertermos o processo de infarto, é possível
nos assegurarmos dos resultados e estratificar precocemente o
risco do paciente.
Atualmente,
a desobstrução da coronária no infarto por
meio de cateteres (angioplastia primária), é considerada
como tratamento de eleição nos pacientes infartados.
Além de poder incluir praticamente todos os pacientes infartados,
tem reduzido ainda mais os índices de mortalidade (5%).
Nós
do Hospital Santa Cruz de São Paulo consideramos imprescindível
a disponibilização de um serviço bem estruturado
de urgência em cardiologia, capacitado a atender adequadamente
casos graves, como no caso de pacientes com infarto do miocárdio.
Para tanto, possuímos atendimento em tempo integral de
UTI coronária, laboratório de cateterismo e cirurgia
cardíaca. O paciente por sua vez, deve ficar sempre atento
para sintomas como forte dor torácica (irradiada ou não
para o braço esquerdo), sudorese, náuseas e vômitos.
Sintomas acima podem traduzir o início de um infarto, assim
sendo, pacientes com tais sintomas devem procurar sem perda de
tempo uma avaliação médica.
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