Tadaimaaa!!
Vamos falar da parte do Mangá que é a base para o
desenho: o roteiro. Não adianta só desenhar, é
necessário ter conhecimento de como arquitetar sua história.
É um processo delicado, mas muito legal. E sabendo como funciona,
tenha certeza de que seu desenho será muito mais valorizado.
Não adianta uma história ter desenhos maravilhosos
se o enredo for fraco. Não haverá equilíbrio.
A
nossa mente funciona por associações e comparações.
Algo somente será definido se ela possuir dados referentes
ou parecidos ao que está acontecendo. Exemplos: os inúmeros
elementos do nosso dia-a-dia.
Por
isso é necessário que a mente esteja sempre recebendo
informações diversas e não se fechando para
outras, evitando o bloqueio de novos dados. O conhecimento geral
e profundo sobre tudo na vida depende disso.
Agimos
no dia-a-dia operando sempre por um processo que inclui:
Observação
Cognição Intelectual Resposta
Mas
há duas formas de usarmos o processo acima descrito: mecanicamente
e artisticamente.
No
modo mecânico, agimos puramente pelos reflexos e impulsos
primários. Exemplo: Instinto (fome, sobrevivência,
sexo, etc.)
Já
no modo artístico, todo o processo acima estará
influenciado por fatores diversos, ocasionando uma resposta variada.
Exemplo: literatura, desenho, canto, dança, música,
oratória, etc.
E
já que estamos falando sobre criação, o que
nos interessa aqui é o processo artístico.
Cada
um de nós possui um perfil em particular, seja tímido,
extrovertido, alegre, agressivo, meticuloso, etc. Somos assim
devido a uma índole nata e uma série de fatores
que nos cercam: a família, onde vivemos, nossos amigos,
gostos pessoais, leitura, etc. Isso ao longo de nossa existência
vai se transformando, seja por mudança dos elementos anteriormente
descritos, seja por um aprimoramento do intelecto. Então,
sob a influência de determinados preceitos, iremos agir
de modo particular. Cada um irá interpretar a informação
de seu jeito. Mas é importante salientar que é vital
a absorção constante de informações
diversas, e com isso, ter um leque infindável de opções
para responder, seja pela palavra escrita, corporal ou manual.
E as fontes de informação são inúmeras:
debates de idéias, leitura, cinema, TV, música,
observação. Na observação, reside
uma das chaves para a agilidade de pensamento: veja como as pessoas
agem, como elas se manifestam, observe detalhes de postura, comunicação
(o que elas querem realmente dizer), claro, sem julgar. Crie o
hábito de observar detalhes do dia-a-dia que passam desapercebidos
e também os óbvios. Explore possibilidades diversas
para coisas comuns. Fique atento aos sons à sua volta,
eles podem estar contando histórias ou fragmentos. Sensações
são igualmente importantes.
Com
o conhecimento dos elementos que nos cercam a criação
flui mais facilmente. Não há como ensinar a ter
uma idéia, mas como você pode desenvolvê-la
até que se torne em algo interessante, com conteúdo.
Como foi dito antes, nosso cérebro trabalha bem, é
comum termos várias idéias perambulando em nossos
pensamentos. A comparação de informações
com tudo que fazemos está ligada à essa interpretação.
Mas,
quando determinamos um objetivo, algo em que direcionar as idéias
esparsas, de forma que elas combinem entre si, então conseguiremos
formar algo criativo.
Relacione
assuntos, veja se eles podem combinar ou ter seqüência,
tire os que não se encaixam, lapide bem isso tudo até
que o amontoado de idéias tenha coerência. Para isso,
siga o que foi dito, absorva toda a informação que
puder e , é claro, interprete-a criando possibilidades
infinitas. Uma dica é anotar tudo que parecer interessante
e o que não é, pois isso pode servir em outra ocasião.
Faça um arquivo de idéias. Mas sempre tenha um tema,
um objetivo para alinhar os pensamentos.
Mata
ne.
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