Um pedação
do Japão na maior metrópole da América do Sul,
o bairro da Liberdade, em São Paulo, quer ganhar uma nova
cara muito em breve. A expectativa é de que as luminárias,
calçadas irregulares, a ponte da amizade, a base comunitária
e o banheiro público sejam modernizadas com visual limpo
e muito mais funcional. O projeto Revitaliba, que prevê a
revitalização do bairro, está a cargo da JCI
Brasil-Japão (Câmara Junior Brasil-Japão), entidade
sem fins lucrativos que busca o fomento de ações de
melhorias para a comunidade japonesa no País, em parceria
com empresários e a comunidade nikkei da região. Para
isso, o primeiro passo será dado no sábado, dia 28
de outubro, às 7h30, na Praça da Liberdade, com o
mutirão da limpeza do bairro, que percorrerá a Rua
Galvão Bueno e adjacências.
O mutirão
já tem confirmada as participações de executivos
(Atsushi Yasuda/presidente da Sompo Seguros, Luiz Tadashi Akuta/diretor
da Mitsubishi Electrics, Keisuke Ohno/diretor-presidente da Daiso
Japan e Reginaldo Gonçalves Paulista/gerente-geral da Daiso
Japan), empresários (Chieko Aoki/presidente do Blue Tree
Towers e Hirofumi Ikesaki/presidente da Ikesaki Cosméticos),
diplomatas e parlamentares japoneses (Yasushi Noguchi/novo cônsul-geral
do Japão em São Paulo, Walter Ihoshi/deputado federal
e Hélio Nishimoto/deputado estadual), além de representantes
do Executivo Municipal (Eduardo Odloak/subprefeito da Regional Sé).
Este será o primeiro evento público oficial do novo
cônsul geral do Japão em São Paulo, Yasushi
Noguchi.
O projeto
urbanístico que prevê a revitalização
da Liberdade está sendo desenvolvido por Renato Conde, diretor
da Conde Design Urbano, em parceria com Cristina Wakamatsu, sócia-diretora
da LW Design Group. O Revitaliba é uma iniciativa de resgate
da cultura japonesa no bairro, que continua sendo um ícone
da comunidade nipônica no Brasil manifestada em vários
aspectos, como a gastronomia, arquitetura, lojas e centros culturais.
O projeto foi idealizado pelo Consulado Geral do Japão
em São Paulo, com o objetivo de deixar um legado para a comunidade
de descendentes de japoneses e para as pessoas que moram, frequentam
ou visitam o bairro, explica o coordenador do projeto e secretário-geral
da JCI Brasil-Japão, Vitor Nakamura.
Workshops
vão discutir demandas do bairro - Depois do mutirão,
o projeto, que ganhou a simpatia e o apoio de sertanejos como Paula
Fernandes e a dupla Marcos e Belutti, e a apresentadora global Angélica,
prevê uma série de campanhas de educação
e conscientização com a população e
visitantes do bairro e mesas de discussão com as lideranças
da região. O primeiro passo deve ser a consulta popular para
conhecer as prioridades da Liberdade levantadas junto aos comerciantes,
que deverão ganhar, entre janeiro e março do ano que
vem, os workshops para a análise das demandas.

O turista
mais atento pode perceber que imigrantes de outros países
da Ásia, especialmente da China e Coreia, também são
encontrados com frequência na região. De acordo com
a Administração Regional da Sé, residem na
Liberdade cerca de 70 mil pessoas. A presença japonesa no
local começou em 1912, quando os imigrantes começaram
a ocupar os imóveis da Rua Conde de Sarzedas. Duas décadas
depois, 2 mil deles já residiam na capital.
Atualmente,
a presença da cultura japonesa pode ser sentida por algumas
das principais manifestações culturais do bairro.
Por lá ocorrem o Hanamatsuri (Festival das Flores) em abril,
Tanabata Matsuri (Festival das Estrelas) em julho e o Motitsuki
Matsuri (Festival do Bolinho de Arroz) no último dia de dezembro.
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