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Mexilhão dourado: espécie pode causar danos à piscicultura no MS

Originário de rios na China, ele foi registrado pela primeira vez na América do Sul em 1991 na foz do Rio da Prata


PROBLEMAS - Cada mexilhão produz cerca de 1 mil larvas que se tornam adultas em 20 dias

 

Arquivo NB / Cristiane Sandim/Seprotur / Divulgação

O mexilhão dourado é uma espécie ainda desconhecida entre os piscicultores do Mato Grosso do Sul, mas os pesquisadores da Embrapa Pantanal já estão de olho desde 98. Já em um estudo mais recente incrustações do mexilhão dourado foram diagnosticados no Rio Miranda, em 2003, sendo observada sua presença até a altura de Passo da Lontra.

Segundo pesquisas da Embrapa Pantanal, o mexilhão dourado é um bivalve de, no máximo, 4 cm de comprimento. Possui uma forma larval, que é livre, e, na fase adulta vive fixo a qualquer substrato duro, formando agregados e cobrindo extensas superfícies.

Ele é originário dos rios da China e chegou à América do Sul na “água de lastro” dos navios (utilizada como peso para dar maior estabilidade nas manobras) que fazem comércio entre países asiáticos e a Argentina. Foi registrado pela primeira vez em 91 na foz do Rio da Prata, segunda maior bacia fluvial da América do Sul, formada principalmente pelos rios Paraguai e Paraná.

Segundo a bióloga da Embrapa Pantanal e responsável pela pesquisa, Márcia Divina de Oliveira, a capacidade de reprodução é o mais preocupante. “Cada animal pode produzir mais de 1 mil larvas que se tornam adultas em 20 dias. Nas nossas vistorias nas águas do Rio Paraguai, por exemplo, os diagnósticos registraram aproximadamente 10 mil mexilhões por metro quadrado”, explica. Por isso, o cuidado deve se multiplicar principalmente nos meses de abril e maio, quando a reprodução atinge o seu ápice.

Assim, o bivalve está incomodando os piscicultores. Márcia salienta que há possibilidades de os produtores perderem toda sua criação caso seja diagnosticado algum vestígio da espécie em seus criatórios.

Enquanto isso, o assessor técnico da Câmara Setorial da Piscicultura da Seprotur, Fernando Moraes Vilas Boas parte do pressuposto que na piscicultura a prevenção desses invasores é mais fácil do que nos rios. “Caso atitudes não sejam tomadas a invasão do mexilhão pode comprometer todo um ciclo de manejo dentro da cultura ocasionando morte dos peixes e ainda influenciar na qualidade da água”, alerta.

Acontece que várias espécies de peixes do Pantanal estão se alimentando dos mexilhões. Os efeitos ainda não são conhecidos, afirma Márcia, mas espécies invasoras podem trazer novas doenças transmitidas por vírus e bactérias. Enquanto isso nos sistemas de refrigeração dos motores das embarcações ele impediria que a água circule causando aquecimento do motor, o que conseqüentemente pode levá-lo a fundir.

Logo, além do prejuízo para o próprio investimento, a venda de alevinos para outros Estados será dificultada, pois muitos compradores os utilizam em reservatório de geração de energia, e essa pode ser uma porta de dispersão do mexilhão dourado para outros rios brasileiros.

Conforme explicações da pesquisadora, os prejuízos não param por aí. Tanto ambiental como econômico, será incalculável se medidas de controle de dispersão não forem tomadas. Para que os piscicultores e todos os envolvidos não tenham prejuízos futuros Márcia sugere uma lista de alguns cuidados que podem ser tomados. “Para a navegação no Rio Paraguai e seus afluentes, sugere-se o uso de tintas anti-incrustantes nos cascos das embarcações.


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