Portal NippoBrasil - OnLine - 19 anos
Quinta-feira, 28 de março de 2024 - 18h43
  Empregos no Japão

  Busca
 

SEÇÕES
Comunidade
Opinião
Circuito
Notícias
Agenda
Dekassegui
Entrevistas
Especial
-
VARIEDADES
Aula de Japonês
Automóveis
Artesanato
Beleza
Bichos
Budô
Comidas do Japão
Cultura-Tradicional
Culinária
Haicai
História do Japão
Horóscopo
Lendas do Japão
Mangá
Pesca
Saúde
Turismo-Brasil
Turismo-Japão
-
ESPECIAIS
Imigração
Tratado Amizade
Bomba Hiroshima
Japan House
Festival do Japão
-
COLUNAS
Conversando RH
Mensagens
Shinyashiki
-
CLASSIFICADOS
Econômico
Empregos BR
Guia Profissionais
Imóveis
Oportunidades
Ponto de Encontro
-
INSTITUCIONAL
Redação
Quem somos
-
 

Corvina: uma pesca muito especial

De acordo com pescadores nikkeis, lugares ideais para pegar a corvina são sempre as partes mais fundas dos rios


ATENÇÃO - Cardumes ficam próximos aos cones da hidrovia

 

DICAS - Ysuo Matuda: corvinas são mais fáceis de serem pescadas no período das enchentes

Arquivo NB / Antônio José do Carmo*

A corvina introduzida há mais de três décadas nos lagos hidrelétricos é um dos peixes mais cobiçados atualmente pelos turistas. Mas quem deseja ser bem sucedido na pesca dessa espécie, precisa tomar muitos cuidados especiais e dispor de orientação tecnológica que vai da isca ao uso de radar e satélite.

No lago de Três Irmãos, em Pereira Barreto, interior de São Paulo, os mais antigos pescadores profissionais e amadores, decidiram contar um pouco dos segredos da experiência obtida ao longo dos anos de observação e prática da pesca dessa espécie considerada exótica para o Rio Tietê, mas que acabou se aclimatando e principalmente, conseguindo o equilíbrio com outras espécies predadoras que vivem no mesmo habitat, como a piranha e o tucunaré.

Ysuo Matuda, de Pereira Barreto, cercada por águas dos rios Tietê e São José dos Dourados, acumulou nos últimos 20 anos, algumas dicas para uma boa pescaria da corvina. Segundo ele, a primeira preocupação é quanto ao tamanho das corvinas que podem ser retiradas da água. O Instituto Brasileiro de Defesa do Meio Ambiente (Ibama) só autoriza as que medirem acima de 25 centímetros.

Durante o período da piracema, a cota de cada pescador é de 5 kg mais um exemplar. Fora desse período as quantidades dobram. Matuda explica que no início do período das enchentes, quanto o rio começa ficar com a água suja, por volta de outubro e novembro, as corvinas são mais fáceis de serem localizadas. Este ano, no entanto, ele diz que a temporada das corvinas não ocorreu como se esperava porque a chuva veio com atraso. Mesmo assim, é possível pegar corvinas o ano todo, como ele explica.

O lugar ideal para pegar corvinas é sempre as partes mais fundas do rio. Para isso o pescador deve estar sempre embarcado em botes ou lanchas. O veículo deve ser dotado de radar, que mede a profundidade da água, e até um equipamento de localização por satélite, para definir exatamente o ponto onde se deve estacionar para proceder a pescaria.

Os cardumes de corvinas se localizam próximos aos cones sinalizadores da hidrovia. Os motivos são: bastante profundidade e concentração de camarões de água doce, que vivem agarrados às cordas que prendem as bóias no leito do rio. Esses camarões, também usados como iscas, ficam presos a galhos e outros restos de vegetações, que ficaram submersas com a inundação hidrelétrica.

O agrônomo Alberto Kenji Seki, pescador de fim de semana, diz que as corvinas pesam de 4 kg a 8 kg. Mas já capturou uma com 9,4 kg. Ele diz que o melhor horário para a pescaria é pela manhã, a partir das 6 horas. A isca preferida para grandes exemplares é o lambari, ainda vivo.

O grande problema, segundo Kenji, são as capturas em profundidades superiores a 17 metros. Quase sempre as corvinas chegam até a superfície com parte das vísceras vomitadas. Menos de 10% dos pequenos exemplares sobrevivem à descompressão e morrem. Isso evita, por exemplo, que se pratique o pesque e solte com essa espécie. Algumas pescarias ocorrem a mais de 30 metros de profundidade.

 

A grande pescaria


HISTÓRIA - Anzai, Uako e Tirikura: pescaria inédita

No ano de 1997, um trio de pescadores registrou a marca histórica da captura de 21 exemplares de corvinas em apenas duas horas de pescaria. Bem, o tempo não foi possível documentar, mas a data e a foto não deixam mentir. Os peixes somaram 88 kg e foram pegos a uma profundidade de apenas 3 metros.

A pescaria incrível foi feita por Jorge Anzai, de Belo Horizonte, Tadashi Uako, de Pereira Barreto, e Humberto Tirikura, de São Paulo. Tadaski diz que a curiosidade maior foi registrar a fartura de peixes, não apenas naquele dia, mas durante dois meses. No mesmo ponto do rio, o cardume sempre era localizado. As demais pescarias não acumularam tantos peixes, mas renderam grandes exemplares com até 7 kg cada um.O fazendeiro Tsuneo Tanaka afirma que a corvina tem um outro problema sério: a resistência após a captura.

Segundo ele, é preciso tomar muito cuidado, pois, em apenas duas horas, a corvina poderá se estragar.

Para que isso não ocorra a única alternativa é ter no barco um recipiente com gelo para manter o peixe em temperatura próxima dos 3 graus centígrados.


Arquivo NippoBrasil - Edição 254 - 21 a 27 de abril de 2004
 Arquivo - Pesca
Edição 288
Dicas para uma pesca tranqüila
Edição 286
Conheça alguns dos paraísos dos pescadores espalhados pelo Brasil
Edição 285
Variedade de iscas vivas sempre ajuda
Edição 281
Isca araçatubinha: original é feita em madeira
Edição 275
Emater divulga produção de tilápia
Edição 271
Rio Aguapeí: pescaria com muita beleza
Edição 269
Piscicultores precisam melhorar a qualidade do peixe para evitar prejuízos
Edição 263
Ainda há peixes nobres no Rio Paraná
Edição 261
Brasileiros mantêm pesca como hobby no Japão
Edição 259
Carpas coloridas criadas em Mogi das Cruzes
Edição 258
Pesca subaquática no interior de SP
Edição 257
Mexilhão dourado: espécie pode causar danos à piscicultura no MS
Edição 256
Equipe Tucunaguisa em busca de tucunarés entre São Paulo e Mato Grosso do Sul
Edição 254
Corvina: uma pesca muito especial
Edição 253
Desprezadas, piranhas superlotam o Tietê
Edição 252
Descoberta nova espécie de peixe no MS
Edição 250
O tão amado e tão odiado Black Bass...
Edição 249
Tucunaré, peixe de qualquer época nos lagos hidrelétricos do interior de SP
De encontro aos peixes gigantes...
Pesca e stress
Sinta a esportividade do Tucunaré em Panorama
Numa pescaria, o que vale é a AMIZADE...
Marlin-azul tem a primeira marcação eletrônica do Brasil
Conheça os peixes Apapá e o Pampo
Tucunaré, problema ou solução?
Dicas de Pescador
História de pescador
Mulheres na pesca - Sorte ou azar?
As estrelas do inverno
Mulheres nos pesque-pagues
Tambacus, brigadores indiscutíveis
Pescarias nos pesque-pague
Em busca dos tucunarés gigantes
Alto-mar: uma pescaria fascinante
Confira alguns nós mais utilizados nas pescarias
Embarcar numa excursão de pesca vale a pena?


A empresa responsável pela publicação da mídia eletrônica www.nippo.com.br não é detentora de nenhuma agência de turismo e/ou de contratação de decasségui, escolas de línguas/informática, fábricas ou produtos diversos com nomes similares e/ou de outros segmentos.

O conteúdo dos anúncios é de responsabilidade exclusiva do anunciante. Antes de fechar qualquer negócio ou compra, verifique antes a sua idoneidade. Veja algumas dicas aqui.

© Copyright 1992 - 2022 - NippoBrasil - Todos os direitos reservados