A
simplificação dos ideogramas na China e
no Japão
Símbolos
resultantes nem sempre são correspondentes nas
duas línguas
Na
edição passada, vimos como se deu o processo
de reforma do uso dos ideogramas no Japão. Na China,
também houve um processo semelhante. Com a instauração
da República Popular da China, em 1949, houve uma
transformação marcante no que diz respeito
à escrita e à estrutura dos caracteres,
resultante de um movimento de erradicação
do analfabetismo entre a população chinesa.
Dentre os principais objetivos desse movimento, estavam
a simplificação de ideogramas complexos
e o estabelecimento de um padrão de pronúncia
para toda a nação.
Simplificação
e outras reformulações
Em 1955, o governo chinês criou um conselho responsável
pela simplificação dos caracteres chineses.
No ano seguinte, a proposta de simplificação
foi publicada e aprovada. Nos anos posteriores, quatro
reformulações foram realizadas, até
que, em 1964, houve a divulgação da lista
oficial, com os ideogramas e os radicais simplificados.
Em
1977, o governo chinês anunciou um novo projeto
para a simplificação dos caracteres chineses.
Esse projeto não agradou à sociedade, principalmente
pela abreviação excessiva dos ideogramas.
Mesmo
com a oficialização do uso dos caracteres
simplificados, em Hong Kong e em Taiwan ainda são
empregados os caracteres tradicionais.
Apesar
de Japão e China terem desenvolvido processos de
simplificação, os ideogramas resultantes
nem sempre são correspondentes nas duas línguas.
O ideograma
(dragão), por exemplo, no Japão foi simplificado
para ,
enquanto na China passou a ser .
O ideograma
(tartaruga) em japonês passou
para e em chinês .
(Colaboração: Lucia Kiyomi Nemoto e Anderson
Missao Morishita)
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