LEITURA
DE IDEOGRAMAS 1
Onyomi e kunyomi
O
uso dos ideogramas chineses no Japão sofreu algumas
adaptações para possibilitar o registro
das peculiaridades da língua japonesa. Desses ajustes,
surgiram duas formas de leitura: a leitura chinesa (onyomi)
e a leitura japonesa
(kunyomi).
On
chinês
O onyomi é a leitura chinesa do ideograma
adaptada à fonética japonesa e é
usada principalmente na combinação de caracteres
para expressar um conceito. A leitura chinesa shô
ou sei do ideograma (correto,
verdadeiro), por exemplo, pode ser encontrada nos compostos
(shôjiki = honesto) e (seikaku
= correto, preciso) . É freqüente um kanji
ter mais de uma leitura on, já que os ideogramas
foram introduzidos no Japão em épocas diferentes
ou vindos de regiões diferentes.
Kun
japonês
Já o kunyomi é a leitura japonesa
do ideograma com base em seu significado chinês,
sendo, portanto, uma tradução. O ideograma
,
por exemplo, tem as leituras japonesas
(tadashii = correto) e
(masani = sem dúvida). Já o ideograma chinês
(sei = vida) tem nove formas de leitura kun, uma vez que,
na língua japonesa, existem diversos vocábulos
relacionados ao seu conceito, como
(umareru = nascer) e (nama = cru). Há ainda ideogramas
diferentes com a mesma leitura japonesa. Atsui,
por exemplo, pode ser expresso por
ou
, significando respectivamente, clima quente,
temperatura elevada e espesso.
Nos
dicionários de kanji, o onyomi vem grafado
em katakana e o kunyomi em hiragana. As diversas
formas de leitura podem, a princípio, causar certo
estranhamento. Contudo, é possível distingui-las
de acordo com o contexto em que estão inseridas
e por meio das combinações com outros kanji.
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