As
férias estão aí e muitas pessoas, principalmente
as mulheres, estão correndo atrás daquele bronzeado
para o verão. Por este motivo, as clínicas de
estética que oferecem o serviço de bronzeamento
artificial estão bem movimentadas. Isto porque quem não
tem tempo para pegar um bronze ao natural, recorre ao método
mais rápido, o artificial.
Por
serem artificiais, estas câmaras de bronzeamento que emitem
raios UV-A e UV-B através de lâmpadas, similares
aos emitidos pelo sol, são motivo de muita discussão,
principalmente no que diz respeito aos malefícios que
causam à saúde da pele, como o câncer.
Por
estar muito difundido na mídia, o bronzeamento artificial
tem levado muitas pessoas a se submeterem a este método
sem qualquer conhecimento sobre as precauções
que devem ser tomadas para evitar danos graves e, muitas vezes,
irreversíveis à pele.
A
doutora Angela Bilotta, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia
(SBD) e da Sociedade Brasileira de Laser, esclarece algumas
dúvidas relacionadas ao método:
Quais são os verdadeiros riscos do bronzeamento artificial?
Drª Angela Bilotta: Quando uma pessoa está
fazendo bronzeamento artificial, se expõe a uma grande
quantidade de radiação ultra-violeta, sem qualquer
tipo de proteção. Essa radiação
tem ação direta sobre as células da pele
causando danos no DNA celular que, a longo prazo, podem resultar
no desenvolvimento de câncer de pele, quebra nas fibras
de colágeno, levando ao envelhecimento precoce e, de
imediato, causa bronzeamento ou vermelhidão da pele.
Pode causar câncer de pele?
AB: A exposição à camas de bronzeamento
aumentam a incidência de câncer de pele, principalmente
o melanoma, câncer de pele de maior malignidade.
Quais são as contra-indicações desse método?
AB: A Sociedade Brasileira de Dermatologia contra indica
totalmente este método.
Os riscos da exposição ao sol no horário
de pico são os mesmos que a do bronzeamento artificial?
Qual o mais seguro?
AB: A exposição solar é a mais segura
e devemos seguir os cuidados recomendados pela Sociedade Brasileira
de Dermatologia: horário de exposição até
as 9h da manhã e após as 16h; usar protetor solar
com fator mínimo de proteção 15, reaplicando
sempre após mergulhar, suar muito ou de 40 em 40 minutos.
É ainda aconselhável o uso de bonés, viseiras
e barracas de praia.
Como profissional, você recomenda o método artificial?
AB: Na minha opinião, é totalmente contra-indicado.
O ideal é que as pessoas que queiram se submeter a esse
método conversem antes com seu dermatologista de confiança
sobre os riscos existentes e, ainda, sobre o histórico
familiar de incidência de câncer de pele. E, também,
que seja feito um exame minucioso.
|