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 Especial - NippoBrasil


76 anos da bomba atômica no Japão


As duas maiores atrocidades humanas da
história completam 76 anos, no dia 6 em Hiroshima
e 9 de agosto em Nagasaki


Hiroshima, atualmente

(Texto: Redação/NB | Fotos: Divulgação)

A primeira explosão de uma bomba atômica na história da humanidade aconteceu no dia 6 de agosto de 1945, uma segunda-feira. A bomba foi lançada sobre o centro da cidade de Hiroshima às 8h15 da manhã. Como o horário comercial começava às 8h da manhã, muitas pessoas foram atingidas em fábricas e escritórios. A bomba, chamada pelos norte-americanos de Little Boy, continha 50 quilos de urânio 235, com potencial destrutivo equivalente a 15 mil toneladas de TNT. O calor liberado pela bomba foi de 100 calorias/cm² no grau zero, 56 calorias/cm² a 500 metros e 23 calorias/cm² a mil metros do centro da explosão.

Nagasaki foi atingida no dia 9 de agosto, às 11h02 da manhã. Inicialmente o plano do exército americano era de jogar a bomba sobre Kokura, Fukuoka. Mas o tempo nublado impediu que o piloto visualizasse a cidade, e decidiu-se pela segunda opção. Nagasaki não era considerado um alvo ideal porque é rodeada por montanhas, o que diminuiria o poder destrutivo. A bomba, chamada Fat Boy, era de plutônio 239, com potência equivalente a 22 mil toneladas de TNT, ou seja, 1,5 vez mais potente que a bomba jogada sobre Hiroshima. Como a bomba foi jogada às pressas, sem ter um alvo definido, o centro da explosão ficou a 3 quilômetros do centro da cidade.

O número de pessoas que possuem a carteira de identificação de vítima de bomba atômica atualmente está em 235.569 pessoas, ou seja, 8,1 mil a menos que no ano passado. Mais de cem vítimas das duas bombas moram no Brasil.



Memorial da Paz de Hiroshima

Dados complementares

• Em 1945, a população de Hiroshima era de 250 mil habitantes

• Mais de 70 mil pessoas morreram em conseqüência da radiação, principalmente de câncer

• Em 2008, a Corte de Hiroshima ordenou o pagamento de 1,65 milhão de ienes (US$ 15.262) aos familiares de dois sobreviventes japoneses que viviam no Brasil

• Além do Japão, há uma estátua de Sadako nos Estados Unidos

 
Domo da Bomba Atômica




Link Especial
Veja a galeria de fotos do grupo "A-BOMB/Atomic Bomb Dome in Hiroshima" do site www.flickr.com

Inaugurado em 1915 como Palácio das Indústrias de Hiroshima, o domo de Hiroshima faz parte de um prédio em estilo ocidental projetado pelo arquiteto tcheco Jan Letzel. A construção é em estilo neobarroco e indumentária estilo sezession, muito popular na Alemanha e Áustria do final do século 19.

O prédio é uma das poucas construções que permaneceram em pé na região onde foi lançada a bomba atômica. Calcula-se que a parte central do prédio tenha ruido em menos de 1 segundo após a explosão, que ocorreu a 160 metros a leste do palácio, a uma altura de 580 metrosdo solo. A oeste fica a ponte Aioi, em forma de “T”, usado como marca para lançamento da bomba.

O domo permaneceu de pé porque foi atingido quase que verticalmente, evitando que as paredes laterais fossem seriamente danificadas. Como possuía várias janelas, a diferença de pressão do interior e exterior do prédio não foi muito grande – a diferença de pressão forçaria a parede, derrubando-o. O palácio foi atingido 0,2 segundo após a explosão por energia 1000 vezes mais forte que a luz solar, e 0,8 segundos depois ventos de 1.584 Km/h. A pressão atingiu 3,5 milhão hectopascal (35 toneladas por metro quadrado). Todas as pessoas que estavam no prédio morreram na hora.

A energia liberada pela bomba atômica pode ser dividida em 3 partes: 50% vento, 35% calor e 15% radiação, sendo 5% radiação imediata e 10% radiação remanescente.

A população de Hiroshima passou a chamar as ruínas espontaneamente de “Domo da Bomba Atômica”. O Parque Memorial da Paz foi construído em torno do domo em 1955. Na década de 1960, por causa de seu mal estado de conservação, que poderia fazê-lo ruir, cogitou-se a sua derrubada. Mas ele foi salvo pelo líder pacifista Ichiro Kawamoto, que se emocionou ao ler no diário de uma colegial que morreu de leucemia, por causa da bomba atômica, que “aquele triste palácio deve denunciar às gerações futuras os horrores da bomba atômica”. Em 1966 a prefeitura de Hiroshima decidiu pela preservação permanete do prédio. A cada 3 anos passa por vistorias para evitar o demoronamento.

O Domo da Bomba Atômica é considerado patrimônio da humanidade da UNESCO desde 1996. Junto com construções como o Campo de Concentração de Aushwitz, Polônia, e ilha de Robben, África do Sul (onde opositores do apartheid como Nelson Mandela foram presos), é preservado para nos lembrar do lado sombrio da história da humanidade.

 


Tsuru x Sadako:
símbolo da luta pela paz no Japão

Em 1945, Sadako Sasaki tinha apenas 2 anos de idade e vivia a 1,6 km do epicentro da bomba atômica. Dez anos depois, foi diagnosticada com leucemia.

No hospital, um amigo a levou a conhecer a história da magia do tsuru: ele a presentou com a dobradura e contou-lhe uma lenda segundo a qual quem fisesse mil tsurus poderia ver os seus desejos realizados.

Foi assim que começou a saga de Sadako. Com afinco, ela dobrou 644 tsurus até a sua morte, aos 12 anos. Os amigos da escola da pequena Sadako dobraram os restantes e enterraram os 1000 tsurus com ela. Com isso, eles criaram um grupo com o objetivo de erguer um monumento em homenagem à Sadako e a todas as crianças vítimas da bomba.

Em 1955, ficou pronta a estátua de Sadako Sasaki segurando no ar um tsuru dourado, em Hiroshima. Todos os anos, no dia 6 de Agosto, o monumento recebe tsurus de diversos países.



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