A
categoria tenchû
Como
visto no primeiro artigo da série Composição
dos Ideogramas, o
(rikusho) é dividido em shôkei, shiji, kaii,
keisei tenchû e kasha. Este artigo e o do próximo
mês tratarão, respectivamente, dos ideogramas
tenchû e kasha.
Ideogramas
diferentes; significados similares
Tenchû
significa ampliação de conceito
e, a rigor, não se trata de composição,
mas de transferência de significado. Assim, um dado
ideograma pode dar origem a um novo, cujo significado
pode remeter ao original, ou aumentar a sua amplitude
de significação, sem a alteração
de sua forma.
Um
exemplo do primeiro caso é o ideograma
(rou leitura chinesa), cuja forma representa um
ancião com a cintura curvada e segurando uma bengala,
e que serviu de base ao ideograma
(kou leitura chinesa), que representava, inicialmente,
um ancião de cabelos longos e que,
também, passou a significar
(kangaeru = pensar) a leitura japonesa por meio
da tradução. Ou seja, são ideogramas
diferentes, mas remetem a significados similares.
Forma
inalterada
Como exemplo do segundo caso, tem-se o ideograma
(aku leitura chinesa), cujo significado é
ruim. Por meio da ampliação
de conceitos e na relação com outros ideogramas,
o ideograma
também pode ser usado para expressar a idéia
de (nikumu
= odiar , leitura japonesa). Nesse caso, sua leitura passa
a ser
(o leitura chinesa). Como exemplo, podem ser citados
(kouo = ato de gostar e odiar),
(okan = calafrio) e
(keno = desgosto ou aborrecimento). Nesses casos,
quando ocorre combinação de caracteres,
é comum fazer a leitura pelo on-yomi, ou seja,
pela leitura chinesa.
Os
ideogramas formados a partir da composição
por ampliação de conceito correspondem a
cerca de 1,5% do total de ideogramas.
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