A
categoria kaii
Os
ideogramas shôkei e shiji, como visto anteriormente,
expressam, respectivamente, idéias de elementos
materiais e abstratos. Contudo, não representam
ações e estados, que são idéias
mais abstratas e mais sofisticadas e, portanto, requerem
maior criatividade e recursos para serem expressos graficamente.
Assim, os ideogramas por composição associativa,
os kaii (
), surgem para cumprir esse papel.
Processo
de elaboração
Para compor o ideograma
(otoru = ser inferior a), por exemplo, combinam-se os
ideogramas
(chikara = força) e
(sukunai = pouco), que passam a ser partes de outro ideograma.
Um outro exemplo dessa composição é
o ideograma
(naku = cantar, utilizado para pássaros), formado
por meio da combinação de
(kuchi = boca) e
(tori = pássaro). É interessante observar
a extensão semântica desses ideogramas.
pode representar também a idéia de tocar
no sentido de emitir algum barulho sonoro, como, por exemplo
(naru = tocar, em relação a sirene ou telefone).
É
possível ainda combinar ideogramas iguais, como
é o caso de
(ooi = muitos, grande quantidade), resultante da combinação
do mesmo pictograma ,
cuja leitura é yû; e o sentido, noite
ou fim do dia. A repetição do ideograma
representa o acúmulo de dias, o que expressa a
idéia de grande quantidade. Assim,
um kanji pode servir como parte de outro, compondo sucessivamente
novos e mais complexos símbolos ideográficos.
Outros
ideogramas
Existem também os ideogramas chamados
(kokuji = ideogramas de origem japonesa), que são,
em sua maioria, criados a partir da composição
associativa. Um exemplo é
(iwashi = sardinha), criado da combinação
de
(sakana = peixe) e
(yowai = fraco). Alguns foram até exportados para
a China.
Assim
como os pictogramas, os ideogramas formados a partir dessa
composição, incluindo os aproximadamente
180 kokuji, correspondem a cerca de 3% do total de ideogramas
existentes atualmente.
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