A
categoria shiji
O artigo anterior tratou dos ideogramas shôkei,
que representam, de forma pictográfica, elementos
como cavalo (
) e lua (
); este abordará os ideogramas shiji, que grafam
idéias mais abstratas, cuja expressão por
meio da pictografia seria limitada.
Conceito
Shiji significa, literalmente, indicação.
Em sua composição, são utilizados
sinais que expressam uma idéia, e não algo
concreto. A representação pode ser por meio
de uma combinação de sinais, assim como
pelo acréscimo de traços e pontos a alguns
ideogramas shôkei.
(hairu), por exemplo, significa entrar. Para
expressar essa idéia, pensou-se, inicialmente,
em uma seta apontada para cima, indicando a entrada. Assim,
o ideograma pode ser encontrado em palavras que contenham
o significado de ingresso, como, por exemplo,
(nyûgaku
= admissão em uma escola) e
(nyûsha = admissão em uma empresa). O mesmo
ideograma é usado em
(ireru = colocar). Um exemplo de ideograma shiji formado
a partir do acréscimo de sinais a um ideograma
shôkei é
(sue = copa de uma árvore, fim, depois), formado
com o acréscimo de um traço horizontal na
parte superior do ideograma
(ki = árvore), indicando seu topo. Outro exemplo
é
(ha = gume), originado a partir do ideograma
(katana = espada), ao qual se acrescentou um traço
indicando seu lado cortante.
Números
Formaram-se cerca de 130 ideogramas a partir dessa composição,
o que corresponde a aproximadamente 0,5% do total de ideogramas
utilizados atualmente. A partir da combinação
dos ideogramas shôkei e shiji é que outros
caracteres mais complexos foram desenvolvidos, como será
visto adiante.
(Colaboração
de Eric Yamagute Pereira e Lucia Kiyomi Nemoto)
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