Marcos
Tumura
Ator,
cantor e bailarino. Marcos Tumura é praticamente
o espetáculo em pessoa. Ele, que atualmente trabalha
no musical Miss Saigon, deixa o público vidrado
quando entra em cena para interpretar o personagem Engenheiro.
A boa performance de Tumura não é coisa
do acaso. Apaixonado por desafios, ele entrou no mundo
dos musicais quando o gênero ainda era muito pouco
valorizado no Brasil. Ainda assim, trabalhou em grandes
espetáculos, como Les Misérables e a Bela
e a Fera e atuou ao lado de artistas renomados, como Cláudia
Raia, por exemplo. Conheça mais um pouco sobre
a carreira e os projetos de Tumura nesta edição
do Zashi Apresenta...
Zashi
- Você sempre esteve envolvido em musicais. O que
o fez se interessar por esse gênero?
Marcos - Eu comecei como bailarino, mas sempre achei
que faltava alguma coisa. Trabalhei no musical Splish
Splash e, como sempre gostei de desafios, foi nesse gênero
que mais me identifiquei.
Zashi
- Atualmente, você atua no musical Miss Saigon,
uma obra com grandes influências orientais. Você
já participou de outras montagens ligadas ao Oriente?
Como está sendo essa experiência?
Marcos - Não. Miss Saigon é o primeiro
musical oriental em que eu trabalho. E é um espetáculo
lindo, muito gostoso de fazer. Eu já conhecia a
obra e sempre tive vontade de interpretar exatamente o
Engenheiro. E tive a oportunidade, até porque temos
muitas características parecidas. Sou mestiço,
tenho mais ou menos a idade do personagem e tem sido bastante
divertido.
Zashi
- Você acredita que os musicais estão ganhando
mais espaço no Brasil? Por quê?
Marcos - O povo brasileiro é musical por natureza.
A gente gosta de tudo que é ligado à música.
A entrada da CIE no Brasil abriu mais espaço para
o gênero, mas ainda temos muito o que aprender.
Zashi
- Considerando suas atuações em musicais,
qual você considera a sua melhor participação?
Por quê?
Marcos - É bem difícil dizer. Eu faço
personagens bem diferentes a cada espetáculo. Já
fiz um padre e hoje faço um cafetão. O Engenheiro,
de Miss Saigon, com certeza é um presente, já
que completei 20 anos de carreira em musicais em 2007.
Mas um personagem que foi muito especial foi em Les Misérables.
Eu venho da comédia e o Jean Valjean era um personagem
denso, o espetáculo é um drama, então
tive que me dedicar bastante.
Zashi
- Existe algum espetáculo no qual você gostaria
de atuar, mas que ainda não teve a oportunidade?
Marcos - Um espetáculo no qual gostaria de
trabalhar é A Pequena Loja de Horrores, sobre uma
planta carnívora extraterrestre que muda a vida
do botânico Seymour e de todos em sua pacata cidade.
É bem divertido.
Zashi
- O fato de você possuir descendência japonesa
auxilia, atrapalha ou é indiferente na hora de
uma seleção?
Marcos - Antigamente, atrapalhava, agora não
mais. Já interpretei até um francês...
inclusive, o Fabio Yoshihara, que trabalha comigo em Miss
Saigon, é japonês e também fez um
francês em Les Misérables.
Zashi
- Você já tem outros planos para depois de
Miss Saigon? Quais são eles?
Marcos - Tenho o projeto de abrir uma escola especificamente
para musicais. Temos excelentes escolas de dança,
de canto, de interpretação, mas não
temos uma voltada só para musicais. Estou nesse
projeto em parceria com uma empresa de Curitiba, a RTM,
que vai dar todo o suporte administrativo, e devemos lançar
a novidade no próximo ano.
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