Colheita
de cana-de-açúcar: pordes na história
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(Foto: Divulgação)
O arroz do
litoral norte gaúcho será o primeiro produto agrícola
brasileiro a receber o registro de Denominação de Origem.
Trata-se de uma modalidade de Indicação Geográfica
(IG) do alimento que apresenta características exclusivas (aspecto,
sabor, consistência) em decorrência do seu local de origem,
como clima e topografia. O Certificado de Indicação Geográfica
será entregue à Associação de Produtores de
Arroz do Litoral Norte Gaúcho (Aproarroz) pelo Instituto Nacional
de Propriedade Intelectual (Inpi).
O registro
agrega valor e imprime um conceito de qualidade ao cereal. Isso acontece,
por exemplo, com marcas de reconhecimento mundial, como o presunto italiano
de Parma, o queijo Roquefort e o champagne franceses. A indicação
geográfica significa ganho de qualidade ao produto, permitindo
maior competitividade nos mercados nacional e internacional.
Características
A principal
peculiaridade desse arroz é a maior porcentagem de grãos
inteiros e a baixa taxa de gessamento, que confere maior translucidez
e cor branca mais intensa ao grão. Isso é possível
pela influência dos ventos, da temperatura e da umidade que predominam
na área. O vento constante e a quantidade de água na região,
pela proximidade com a Lagoa dos Patos e o Oceano Atlântico, proporcionam
clima e temperaturas estáveis.
Conforme a
técnica da Superintendência Federal de Agricultura no Estado
do Rio Grande do Sul, Ana Lúcia Stepan, o arroz do litoral norte
gaúcho já é reconhecido e valorizado pelos atacadistas
e beneficiadores de todo o País, como sinônimo de qualidade
e maior rendimento. Mas estas características ainda não
são conhecidas pelo grande público. Com o registro da Denominação
de Origem, a expectativa é que o consumidor perceba essas vantagens,
afirma.
Existem outras
sete indicações geográficas no Brasil, todas na modalidade
Indicação de Procedência: vinhos e espumantes do Vale
dos Vinhedos (RS); café do Cerrado Mineiro; carne e derivados do
Pampa Gaúcho; cachaça de Paraty (RJ); uva de mesa e manga
do Vale do Submédio São Francisco (BA e PE); couro do Vale
do Sinos (RS) e vinhos e espumantes de Pinto Bandeira (RS).
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