Cultivo
da fruta hoje concentra-se na região Sul do País,
mas já foi uma das plantações às quais
se dedicaram os japoneses na periferia de São Paulo décadas
atrás
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(Foto: Divulgação)
O
pêssego fruta hoje cultivada principalmente no Sul do País
pode ser uma boa alternativa de renda também em regiões
não tradicionais da cultura. No passado, foi uma das plantações
identificadas com a comunidade japonesa, que mantinha grandes áreas
cultivadas na região de Itaquera, no extremo leste da cidade de
São Paulo. Uma praga e a chegada da urbanização acabaram
com o cultivo.
Novas cultivares
de pêssego como opções de plantio em locais com menos
horas de frio, para possibilitar a cultura em algumas regiões do
Espírito Santo e Bahia, ou ainda em áreas mais quentes dos
estados do Sul e Sudeste, vêm sendo desenvolvidas pela Embrapa,
de acordo com Maria do Carmo Bassols Raseira, da Embrapa Clima Temperado
(RS). Segundo a pesquisadora, o pêssego é uma boa alternativa
de renda em pequenas propriedades. O primeiro passo para confirmar a viabilidade
de seu cultivo é o produtor verificar qual variedade se adapta
melhor às condições da região. Também
é importante verificar a aceitação do mercado e avaliar
a distância da área de produção até
a região de comercialização, pois o transporte é
fundamental para garantir que o produto chegue ao consumidor em boas condições.
O trabalho
da Embrapa para avaliar a adaptação do pêssego em
regiões não tradicionais consiste em montar Unidades de
Observação, junto às propriedades, para acompanhar
o desenvolvimento da cultura. Plantamos diversos tipos de variedades
e novas seleções, e, a partir do início da safra,
fazemos as avaliações, explica a pesquisadora. Este
trabalho é feito em parceria com o Escritório de Negócios
de Campinas (SP). No caso do pêssego, o engenheiro agrônomo
Ciro Scaranari montou uma rede de unidades de observação
que inclui mais de 20 locais e já colhe bons resultados. Segundo
ele, nos últimos dois anos, foram lançadas três
novas cultivares, resultado do trabalho nessa rede.
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