Cerca
de 200 famílias compartilham 13 hortas
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(Reportagem:
Susy Murakami / Foto: Divulgação)
Um programa
que incentiva o uso de espaços urbanos e periurbanos ociosos para
o desenvolvimento da agroecologia está melhorando a alimentação,
incrementando a renda e ajudando na socialização de mini-produtores
de Maringá, noroeste do Paraná. Ao todo são cerca
de 200 famílias que compartilham 13 hortas comunitárias
em terrenos concedidos pela prefeitura da cidade.
O projeto foi
implantado em 2005 pela prefeitura de Maringá. No ano passado,
a iniciativa ganhou um reforço do Ministério do Desenvolvimento
Social e Combate à Fome que, por meio do programa Agricultura Urbana,
repassou R$ 513 mil para criação, pela Universidade Estadual
de Maringá (UEM), do Centro de Referência em Agricultura
Urbana e Periurbana (Ceraup) que tornou responsável pelo projeto,
coordenado pelo engenheiro agrônomo e professor da UEM, Ednaldo
Michellon.
Ele explica
que cada horta tem seu estatuto próprio e que deve ser seguido
pelos usuários. Cada pessoa administra de dois a três canteiros.
Para o cultivo são ensinadas técnicas sustentáveis
que ajudam a melhorar a produtividade do plantio. Além de obter
alimentos para o consumo próprio, os usuários podem vender
o excedente, gerando mais renda para a família. compradores
vêadquirir o produto na próhorta, afirma Michellon.
O programa
conta também com a ajuda de psicólogo, assistente social,
professor de educação física, além de três
engenheiros agrônomos e estudantes. Com isso, o trabalho tem atraído
também idosos e aposentados, que conseguem a reinserção
social, participando das atividades.
O plano agora
é estender a iniciativa para as cidades vizinhas de Sarandi e Paiçandu,
aumentando para 30 o número de hortas atendidas pelo Ceraup. O
programa vai até dezembro de 2010, mas Michellon diz que espera
dar continuidade aos trabalhos, mesmo se não houver mais apoio
financeiro do MDS.
Ao todo, existem
12 Centros de Apoio à Agricultura Urbana e Periurbana em vários
municípios do Brasil.
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