(Foto: Divulgação)
Durante praticamente duas décadas, a tangerina originária
de Kumamoto, que ganhou notoriedade em Pilar do Sul, interior de São
Paulo, pelas mãos do voluntário da Agência de Cooperação
Internacional do Japão (Jica), Masahiro Urata, foi chamada de Dekopon.
No entanto, em novembro de 2007, ela ganhou o nome comercial de Kinsey.
Dekopon ou Kinsey, não importa. A fruta veio ao Brasil para ficar.
Pelo menos é que constata o engenheiro agrônomo Sérgio
Ituo Massunaga.
A Kinsey tem
tudo, para cair no gosto do consumidor brasileiro. É mais doce,
tem suco abundante, é fácil de descascar e não tem
sementes. A fruta tem gomos, como uma tangerina convencional, mas seu
tamanho lembra o de uma laranja Bahia.
A safra 2009
da Kinsey foi colhida em Turvolândia, Minas Gerais, em abril. Em
Pilar do Sul e adjacências, como Piedade, São Miguel Arcanjo
e Ibiúna, o tempo da colheita foi entre junho até setembro.
O otimismo de Massunaga tem explicação. Essa será
a terceira colheita da nova tangerina e os últimos resultados suplantaram
as expectativas.
Em Pilar e
região, os produtores da Kinsey que integram a Associação
Paulista dos Produtores de Caqui (APPC) esperam colher 2 mil toneladas
da fruta em 2009. Isso representa praticamente o dobro do que o registrado
no ano passado. A ampliação da área cultivada também
confirma o sucesso da nova produção. Dos 100 hectares plantados
na última safra, a área já saltou para 120 hectares.
Porém, 40% ainda estão em formação. Estamos
em nossa terceira colheita apenas. A produção deve atingir
sua plenitude a partir do quinto ou do sexto ano, explica Massunaga.
A Kinsey, classificada
como um tangor sem sementes, foi criada na Estação Experimental
da Província de Nagasaki em 1972. Ela é resultado do cruzamento
de uma laranja Kyomi com uma tangerina Ponkan seleção Nakano
nº 3, daí a sua classificação.
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