Portal NippoBrasil - OnLine - 19 anos
Segunda-feira, 04 de novembro de 2024 - 21h21
  Empregos no Japão

  Busca
 

SEÇÕES
Comunidade
Opinião
Circuito
Notícias
Agenda
Dekassegui
Entrevistas
Especial
-
VARIEDADES
Aula de Japonês
Automóveis
Artesanato
Beleza
Bichos
Budô
Comidas do Japão
Cultura-Tradicional
Culinária
Haicai
História do Japão
Horóscopo
Lendas do Japão
Mangá
Pesca
Saúde
Turismo-Brasil
Turismo-Japão
-
ESPECIAIS
Imigração
Tratado Amizade
Bomba Hiroshima
Japan House
Festival do Japão
-
COLUNAS
Conversando RH
Mensagens
Shinyashiki
-
CLASSIFICADOS
Econômico
Empregos BR
Guia Profissionais
Imóveis
Oportunidades
Ponto de Encontro
-
INSTITUCIONAL
Redação
Quem somos
-
Opinião - 20/10/2016 - NippoBrasil
Imposto mata o Brasil

Junji Abe *

Cada brasileiro tem de trabalhar quase cinco meses por ano só para pagar os tributos, que sugam 40% de toda a riqueza produzida. O atual sistema impõe a incidência de impostos em cascata, o que onera os produtos, compromete a competitividade e, no final, prejudica a população consumidora. Quanto mais pobre for o cidadão, mais os tributos tiram do seu couro.

Estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) mostra que, dentre 30 países pesquisados, o Brasil é o que oferece o pior retorno em benefícios à população em relação ao total arrecadado com impostos. O levantamento avaliou as nações com as maiores cargas tributárias do mundo, relacionando estes dados ao PIB e ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de cada uma. O resultado é expresso no Índice de Retorno de Bem-Estar à Sociedade (Irbes).

No Brasil, a carga tributária corresponde a 40% do PIB, o IDH é de 0,718 pontos e o Irbes fica em 135,85 pontos. Na Noruega, o imposto chega a 42,80% do PIB, mas o IDH é de 0,943 pontos e o Irbes atinge 145,94 pontos. Na Áustria, o peso tributário equivale a 42% do PIB, porém, o IDH é de 0,885 pontos e o Irbes alcança 141,93 pontos. Seria até palatável ter carga tributária alta, se viesse resposta proporcional em qualidade de vida. Não é o que acontece. Até 6 de outubro, os brasileiros já pagaram R$ 1,5 trilhão em impostos.

Há rotineiras ameaças de criação de impostos ou elevação das alíquotas dos existentes para saciar o gigantismo estatal, manipulado com ineficiência e oportunismo, sem atender às demandas elementares do povo. Em que pese a importância de incentivar a vida saudável, combater vícios e desestimular compras supérfluas – campanhas que apoio –, a bigorna tributária desaba sobre alguns itens sem considerar os inúmeros atores que compõem as respectivas cadeias produtivas. Tudo bem sobrecarregar o cigarro de impostos, desde que diminuam os tributos sobre comida e outros gêneros de primeira necessidade para baratear preços.

Registro os dez produtos mais tributados no País: cachaça (81,77%), casaco de pele (81,86%), vodca (81,52%), cigarro (80,42%), perfume importado (78,43%), caipirinha (76,66%), videogame (72,18%), revólver (71,58), perfume nacional (69,13%) e motos (65%). Quem toma uma cachaça é mais penalizado do que quem compra um abominável casaco de pele.

Por essas e outras, apesar das potencialidades do País, as atividades econômicas estão sempre fragilizadas e crescem as desigualdades sociais. O imposto mata o Brasil. Com menos carga tributária ou, no mínimo, retorno proporcional em qualidade de vida, o desenvolvimento sustentável ganha terreno para evoluir, assim como a tão almejada justiça social.




*Junji Abe é líder rural, foi vereador, deputado estadual, prefeito de Mogi das Cruzes (2001-2008) pelo PSDB e deputado federal pelo PSD-SP

]
 Coluna: Opinião
25/07/2022 - Por Jorge Barcellos
Onde o moderno é ser tradicional
02/12/2021 - Por Juliano Abe
Tá caro, né?
03/04/2020 - Por Hatiro Shimomoto
Crise na saúde
23/11/2016 - Por Junji Abe
Tite, Temer e o Brasil
20/10/2016 - Por Junji Abe
Imposto mata o Brasil
30/08/2016 - Por Junji Abe
Legado dos Jogos Olímpicos
27/06/2016 - Por Junji Abe
Novos desafios
21/06/2016 - Por Junji Abe
Gênero de 1ª necessidade
20/05/2016 - Por Junji Abe
Missão do presente
04/04/2016 - Por Junji Abe
Melhor qualidade de vida
18/03/2016 - Por Junji Abe
Geração perdida
17/02/2016 - Por Walter Ihoshi
Não podemos jogar a tolha
30/12/2015 - Por Junji Abe
Trio do bem
27/11/2015 - Por Junji Abe
Lama da morte
29/09/2015 - Por Junji Abe
Resgate da policultura
14/09/2015 - Por Junji Abe
Terrorismo tributário
12/06/2015 - Por Junji Abe
Dignidade das domésticas
30/04/2015 - Por Junji Abe
Alerta aos aposentados
26/03/2015 - Por Junji Abe
Chega de imediatismo no Brasil
05/03/2015 - Por Junji Abe
Revolta dos caminhoneiros
25/11/2014 - Por Tetsuro Hori
Por que privatizar o sistema de transporte de massa e quais são os principais benefícios
11/04/2014 - Por Walter Ihoshi
A internet e o futuro de um mundo conectado
10/01/2014 - Por Junji Abe
Ranking do Progresso
18/10/2013 - Por Hélio Nishimoto
Para relembrar Hiroshima e Nagasaki
14/08/2013 - Por Hatiro Shimomoto
Bons usos e costumes
para o Brasil
20/07/2013 - Por Walter Ihoshi
Santas Casas na UTI
05/06/2013 - Por Lizandra Arita
Dia das Mães:
Q ue tipo de mãe é você?
19/04/2013 - Por Kunihiko Chogo
Adaptando-se ao jeito
brasileiro de ser
08/12/2012 - Por Keiko Ota
Frente Parlamentar em Defesa das Vítimas de Violência
13/10/2012 - Por Walter Ihoshi
A importância da transparência dos impostos
Por Teruo Monobe
Inflação
Por Teruo Monobe
Equilíbrio fiscal
Por Teruo Monobe
Balança comercial
Por Teruo Monobe
Brasil caro
Por Teruo Monobe
O que se passa
na economia global
Por Teruo Monobe
Discurso de posse
Por Teruo Monobe
2011 e o longo prazo
Por Teruo Monobe
Ano-Novo, tudo
novo em 2011
Por Teruo Monobe
A volta do ouro
Por Teruo Monobe
Novo governo, velho problema
Por Teruo Monobe
Natal gordo
Por Teruo Monobe
Novamente, a Europa em crise
Por Teruo Monobe
Esperando o Plano Dilma


A empresa responsável pela publicação da mídia eletrônica www.nippo.com.br não é detentora de nenhuma agência de turismo e/ou de contratação de decasségui, escolas de línguas/informática, fábricas ou produtos diversos com nomes similares e/ou de outros segmentos.

O conteúdo dos anúncios é de responsabilidade exclusiva do anunciante. Antes de fechar qualquer negócio ou compra, verifique antes a sua idoneidade. Veja algumas dicas aqui.

© Copyright 1992 - 2022 - NippoBrasil - Todos os direitos reservados