|  Poucos 
                prazeres se comparam ao banho de imersão (ofurô). 
                Ele tira o cansaço, acalma e faz dormir bem. Seu efeito 
                terapêutico decorre de três fatores: o calor, a pressão 
                da água e a flutuação.   A 
                temperatura quente alarga os vasos sanguíneos, estimulando 
                a circulação do sangue no corpo todo. Ela desfaz 
                os nós provocados pela tensão e fadiga muscular 
                que leva à maior produção de ácido 
                láctico.  O calor 
                da água melhora inclusive a irrigação do 
                sangue nos rins, ajudando na eliminação de substâncias 
                nocivas. Daí a vontade de urinar depois de sair do ofurô. 
                O excesso de sal também é expelido, ajudando a baixar 
                a pressão.  Ao 
                entrar no ofurô, o usuário sente o corpo flutuar, 
                diminuindo a pressão sobre as articulações. 
                Por mais agradável que seja, o chuveiro não consegue 
                o mesmo resultado, pois não viabiliza as três condições 
                de uma só vez. Estudiosos concluíram que seria necessária 
                uma hora sob o chuveiro para sentir os mesmos efeitos de um banho 
                de ofurô.  Apesar 
                do propalado efeito terapêutico, o ofurô pode trazer 
                riscos sérios para os portadores de presão alta, 
                como derrame cerebral e ataque cardíaco. No inverno, cerca 
                de 1,5 mil pessoas, em média, morrem enquanto tomam banho 
                de ofurô no Japão. Cerca 
                de 80% das vítimas são idosos. Os cardiologistas 
                alertam sobre a abrupta diferença de temperatura entre 
                o local onde o usuário se despe e a banheira. Ao tirar 
                a roupa os vasos sanguíneos se comprimem de uma vez, elevando 
                a pressão.  Para 
                evitar esses perigos recomenda-se manter a temperatura da água 
                em torno de 38 graus centígrados no verão e de 40 
                graus no inverno. No frio, convém aquecer o local onde 
                vai se despir, garantindo uma temperatura de 20 a 22 graus centígrados 
                para reduzir a diferença com o calor da água.  Não 
                se recomenda encher a banheira. A pressão sobre o corpo 
                pode atingir uma tonelada, fazendo o coração dilatar. 
                Consequentemente aumenta o bombeamento do sangue, ou 
                seja, a pressão. O melhor é colocar água 
                até a altura do estômago e cobrir metade da banheira 
                com a tampa, retendo o vapor que esquentará o tronco exposto. 
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