(Texto
e imagem: Asses. Junji/Mel Tominaga)
O deputado
federal Junji Abe (PSD-SP) já é membro efetivo da
FPA Frente Parlamentar da Agropecuária, constituída
em 2008 na Câmara Federal com a finalidade de tratar de
temas ligados ao setor. Com a assinatura do termo de adesão
ao colegiado, no fim da tarde desta terça-feira (27/02/18),
ele reedita uma das primeiras decisões que tomou ao estrear
na Casa em 2011. O pessedista tinha a condição de
suplente e foi convocado para assumir o atual mandato na semana
passada.
O perfil
de produtor e empresário rural, com mais de 40 anos na
liderança de entidades agrícolas, além de
produtiva atuação em defesa do agronegócio
paulista ao longo dos quatro anos em que permaneceu no Legislativo
federal são, entre outros fatos, evidências do seu
conhecimento e relação umbilical com o setor, que
justificaram o convite para que ele voltasse a fazer parte do
grupo.
A defesa
de políticas públicas para atender as necessidades
dos míni, pequenos e médios produtores rurais, que
cultivam itens destinados ao mercado interno, mantém-se
como principal meta de Junji, na condição de integrante
da FPA, presidida pela deputada Tereza Cristina (DEM-MS).
A
caótica situação do setor, vitimado por anos
de descaso governamental, requer sensibilidade e medidas acertadas
para resgatar a força e a capacidade de expansão
da agricultura, principal sustentáculo da economia brasileira,
observou Junji. O deputado reafirmou que basta vontade política
para compatibilizar a preservação ambiental com
a sobrevivência da atividade agrícola.
De
acordo com o parlamentar, o setor agrícola sofre o abandono
de décadas a fio, em boa parte, por causa da própria
dificuldade da classe em se organizar, formar lideranças
e atuar unida em torno de interesses comuns. Cabe ao governo,
entende Junji, implantar políticas voltadas aos pequenos
e médios produtores, que se dedicam ao cultivo de itens
destinados ao mercado interno. Falo de quem produz feijão,
verduras, legumes, tubérculos, frutas e outros alimentos
para atender o consumidor brasileiro, esclareceu.
Trata-se
de uma categoria heroica, como definiu o parlamentar,
acrescentando: Sobrevive a duras penas num cenário
de impostos aviltantes, câmbio desfavorável, juros
extorsivos nas compras financiadas, sem acesso a crédito
para custeio da produção nem seguro rural, carente
de assistência técnica, vítima da infraestrutura
deficiente ferrovias inexistentes ou subutilizadas, portos
obsoletos, caríssimo transporte rodoviário nas estradas
em péssimo estado e órfãos na comercialização
haja vista o sucateamento da Ceagesp (Central de Entrepostos e
Armazéns Gerais do Estado de São Paulo) e
o desaparecimento das cooperativas agrícolas, entre outros
entraves.
Não
bastasse, o Brasil corre o risco de tornar um dos maiores importadores
de produtos hoje cultivados para consumo interno, porque olerícolas
(verduras, legumes, frutas, tubérculos e bulbos) e itens
como o feijão não recebem o tratamento adequado
por parte do governo. O objetivo é que este setor,
um dia, seja tão respeitado e valorizado como o sucroalcooleiro,
citricultura, grãos e outros que geram commodities. É
sabido que quando o campo vai bem, a cidade vai bem, completou.
Conhecedores do histórico de luta de Junji, os ruralistas
comemoram seu retorno à Casa.
|