(Fonte
e foto: Assessoria)
Ao lado
dos 51 deputados do PSD, parlamentar comemora decisão que
garante o arquivamento da Proposta de Emenda à Constituição
que limitava atuação do Ministério Público.
Por 430
votos a nove e duas abstenções, o Plenário
da Câmara rejeitou, na noite desta terça-feira (25/06/2013),
a PEC Proposta de Emenda à Constituição
37/2011, que regulamentava as investigações criminais
limitando a atuação do Ministério Público.
Agora, a PEC será arquivada. É a única
resposta possível que poderíamos dar à população
que, legitimamente, saiu às ruas para protestar, disse
o deputado federal Junji Abe (PSD-SP) que já havia anunciado
sua decisão de votar contra a proposição. Igual
postura tiveram todos os 51 parlamentares da bancada do seu partido.
Na visão
de Junji, a maciça pressão popular contra a PEC 37
se justifica porque a população entendeu que a proposta
impedia o Ministério Público de investigar casos como
os de corrupção praticada por maus políticos.
Seria uma violência sem tamanho se nós, representantes
do povo, deixássemos de ouvir o desejo daqueles a quem temos
obrigação de representar no Congresso.
A matéria
recebeu parecer da comissão mista em novembro do ano passado.
Desde
então, representantes do Ministério Público
e dos delegados de polícia não chegaram a um acordo
sobre o tema. Após a intensificação dos protestos,
o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN),
decidiu manter a votação da PEC nesta semana. Populares
lotaram as galerias durante a apreciação da proposta.
A cada manifestação de líderes partidários
pela rejeição da proposição, as pessoas
festejavam.
Segundo
Junji, apesar de eventuais abusos cometidos por determinados promotores
públicos, minados por vaidade exacerbada, a aprovação
da PEC 37 poderia trazer muito mais prejuízos ao País
do que avanços. Os danos causados pelo estrelismo de
alguns profissionais, que se julgam acima do bem e do mal, são
muito menores do que a adoção de um mecanismo para
impedir o trabalho investigativo do Ministério Público
como um todo, avaliou o deputado, ao creditar a rejeição
da proposta às pessoas que saíram emprotesto pelas
ruas em todo o País.
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