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Rakan, a imagem do Iluminado

Rakan eram discípulos de Buda que atingiram a iluminação
 
Fotos: Divulgação / Arquivo NB

Dia 8 de abril é o dia em que nasceu Sakyamuni, o fundador do budismo. Neste dia, os seguidores do budismo de toda a Ásia principalmente, festejam a data regando a imagem do buda menino com chá adocidado, numa festa chamada hanamatsuri (festa das flores). Em São Paulo, temos na Praça da Liberdade uma atividade em que as crianças vestidas a caráter desfilam conduzindo a imagem de Buda montado num elefante branco.

Rakan san (O Iluminado)

No budismo há vários personagens santificados, mas há um em especial que as pessoas se sentem mais familiaridade. É a figura do Rakan san , tão popular quanto a de Kannon sama (Deusa da misericórdia) e Jizoo sama (Divindade protetora ). Rakan seria origináriamente Arhat em sânscrito, que foi transcrito em kanji pelo seu som. Na verdade, é a forma abreviada de Arakan, e inicialmente era uma forma de tratamento respeitoso aos discípulos de Buda que alcançassem a iluminação. Posteriormente, dizem que passou a significar pessoas de valor que merecem doações dos seguidores de budismo. Dizem que tratavam-se de personagens que realmente existiram, eram discípulos de Buda que seguiram os seus ensinamentos.

Até o Período Edo sua imagem era a de um imponente eremita lendário, que praticava ascese nas profundidades da mata, mas pouco a pouco passou a surgir imagens de Rakan com fisionomias que representam beleza, feiura, riso ou sofrimento. Segundo Saito Kodo, abade do Templo Ten’on’yama Gohyaku Rakandera, situado em Meguro, Tóquio, “Talvez as pessoas que visitavam as imagens buscassem em cada imagem de Rakan com diferentes fisionomias a presença de pessoas queridas que se foram. Numa época em que não havia fotografias, Rakan representava a imagem de familiares, namorados, sendo um local gratificante onde poderia rememorar tais pessoas”.

Há uma lenda que diz que ao passar a mão nas cabeças dos 500 Rakan, sentirá que um deles transmite calor. Esse Rakan é o que mais se parece com os pais de quem o sente.


As 500 imagens de Rakan

As imagens de Rakan foram confeccionadas em todo o país, principalmente em templos da seita Zen, durante o período Edo, a fim de tranquilizar as almas dos vitimados pelas epidemias, fome e incêndios.

Os 500 Rakan em pedra do templo Kitain localizado em Município de Kawagoe, província de Saitama, são considerados uma atração turística. As 500 imagens que compõem este conjunto foram confeccionadas ao longo de 50 anos, entre 1782 e 1825, tendo ao centro a imagem de Buda e demonstram diversas fisionomias e poses: tristeza, preocupação, ira, riso, bocejo, havendo até os que trocam conversas ao pé do ouvido.

No Templo Shorinji, província de Saitama, há mais de 500 imagens de Rakan em pedra, desde a área do templo até o cume da montanha, constituindo uma vista espetacular. No templo Rakandera situado em Hon’yabakei, província de Oita, dizem que há ao todo mais de 3.700 dessas imagens em pedra. Ainda na província de Oita, no Templo Tokoji situado no Município de Usa, foram esculpidos 521 imagens em 19 anos, entre 1863 a 1882. Todas elas apresentam diferentes personalidades e fisionomias.

Quando visitar Japão, não deixem de conhecer as imagens de Rakan. Com certeza, deverá sentir uma paz interior ao apreciar as imagens tão impregnadas de sensibilidade.

As 16 gravuras de Rakan

No Período Kamakura, durante a Idade Média, juntamente com o florescimento do budismo Zen, foram confeccionadas 16 gravuras de Rakan, principalmente em templos da seita Zen, passando a ser objetos de culto. Tratam-se de gravuras de 16 Rakan que juraram seguir os ensinamentos do budismo por toda a vida. Acreditavam que oferecendo doações em ocasiões de culto, infalivelmente obteriam sorte.


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