(Por
Roberto Shinyashiki*)
As
pessoas estão perdendo a habilidade de dialogar
e de conhecer o outro. Elas ouvem, mas não escutam;
falam, mas não se deixam conhecer; esbarram-se,
mas não se vêem; e uma multidão caminha
solitariamente em direção a lugar nenhum.
Conviver é uma arte tão sutil quanto a música,
a literatura, a pintura ou o teatro e que poucos aprenderam
a dominar. Infelizmente, nas escolas, não há
disciplinas que ensinam a nos relacionar.
A
dificuldade de entrar no mundo alheio está criando
uma geração de pessoas impacientes e distantes.
Ao perdermos a generosidade de respeitar diferentes pontos
de vista, transformamos os casamentos e os negócios
em verdadeiros campos de batalha, em que o outro passa
a ser o inimigo.
Todas
as vezes que ocorre um massacre numa escola dos Estados
Unidos, os jornalistas norte-americanos ficam entrevistando
psicólogos e educadores sobre as causas da violência
entre os estudantes. É simples: esse é o
modelo da economia e da política norte-americana.
Os líderes são tomados como exemplo, mesmo
quando não percebem isso. Quando bombardeiam para
impor seus pontos de vista, ensinam os jovens a fazer
o mesmo com os colegas.
Quando
o presidente norte-americano anda com uma mala que pode
enviar mísseis nucleares para qualquer ponto do
planeta, está ensinando a juventude a andar armada.
Seus filmes de sucesso, com armas e assassinatos em profusão,
exportam um modelo de violência e de falta de respeito
ao outro. Os Estados Unidos falam muito de paz, mas são
o povo que mais cria guerras e ganha dinheiro com elas.
A
competição é excitante no esporte,
em que há ética e respeito por um objetivo
e, no final da partida, trocam-se as camisetas numa homenagem
ao adversário. Porém, a competição
selvagem, em que os valores humanos são destruídos,
só vai terminar quando aprendermos a conviver,
a aceitar e a admirar a diversidade.
Resolução
de conflitos
Os conflitos ocorrem quando duas ou mais pessoas têm
pontos de vistas diferentes sobre o mesmo assunto.
O
melhor a fazer, nesse caso, é tentar resolver o
problema antes que ele adquira proporções
maiores. Os conflitos têm de ser enfrentados diretamente
e, dependendo da gravidade da situação,
é necessário um tempo para cicatrizar as
feridas. A seqüência da resolução
de um conflito descrita a seguir vai ajudá-lo nessa
tarefa:
Estabelecimento de diálogo. Nessas situações,
geralmente a conversa fica travada. A primeira atitude
é procurar uma forma de restabelecer a comunicação.
Definição dos motivos de divergências.
Quando se define de imediato qual o ponto em discussão,
os motivos exatos das divergências, fica mais
fácil encontrar uma solução que
agrade a todos.
Compreensão das razões do outro. Tenha
paciência para ouvir o desabafo do outro. O ideal
é conseguir escutar e procurar não julgar
a opinião alheia.
Interpretação do que cada um realmente
deseja extrair do conflito. Nesse momento, os dois devem
expor seus objetivos e suas preocupações
até que apareça uma opção
que agrade a ambos.
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