Ame
o próximo e seja feliz
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Esteja
disponível para servir ao outro. Por incrível
que possa parecer, esse é o melhor caminho
para o sucesso
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(Por
Roberto Shinyashiki*)
Uma
das idéias que mais têm levado o profissional
à acomodação é a de amar o
que faz. Quando você ama o que faz, pode se tornar
um prisioneiro da rotina e uma vítima da acomodação.
Quando você somente se preocupa em amar o que faz,
corre o risco de, em vez de olhar para o cliente, identificar-se
com a calculadora que usa no escritório, com o
elevador do qual é ascensorista ou com o computador
que tem em cima da mesa.
Não
ame simplesmente o que você faz, ame o próximo!
Ame a pessoa que está à sua frente, que
o procura com seus dramas e desejos. Existe um ser humano
à sua frente que precisa se sentir importante.
Quem trabalha com amor e por amor jamais vai tratar o
outro como coisas ou como partes de uma engrenagem.
Certa
vez, eu visitava um hospital e vi um médico que
tratava mal uma criança. Quando tive oportunidade,
fui conversar com ele sobre o ocorrido e ouvi a seguinte
resposta: Roberto, o que você quer? Com o
salário ridículo que eu recebo isso é
o máximo que posso dar.
É
verdade que é ridículo o salário
de um médico de hospital público, como também
é ridículo o que a maioria dos professores
ganha nas escolas públicas. Contudo, um médico
que maltrata o paciente ou um professor que humilha o
aluno não merece nem sequer esse salário.
O
primeiro compromisso do profissional é com o outro,
e não com o salário que ganha. Ele precisa
ver claramente qual é sua missão no mundo.
A motivação do bom profissional vem da consciência
de sua importância na vida das pessoas.
O
bom professor dá uma boa aula não porque
vai ganhar bem, mas porque tem consciência da sua
importância na formação do aluno que
está cruzando seu caminho. O cientista, dentro
do laboratório, deve ter a consciência de
como seu trabalho pode criar uma vida melhor para alguém
que ele nunca vai conhecer pessoalmente.
Você
já imaginou a motivação que precisa
ter um soldado da Polícia Militar que, por um salário
ridículo, despede-se todos os dias da família
para enfrentar os bandidos?
Você
já imaginou a motivação que precisa
ter um motorista ou um cobrador de ônibus que trabalha
em uma grande metrópole e ganha uma miséria
para enfrentar a loucura de um dia-a-dia de trânsito?
Quando
o sentido de servir é a motivação,
a pessoa realiza seu trabalho com a consciência
de sua importância e nem precisa receber um muito
obrigado da pessoa que ajudou. Maurício Vergani,
um grande amigo meu, certo dia me disse algo lindo: Eu
faço meu trabalho o melhor que posso porque, na
verdade, não estou preocupado em agradar o meu
chefe, mas em servir a Deus.
É
pouco provável que ele se sinta frustrado se alguém
não agradecer seus esforços. Mas é
certo que se sente mais feliz com seu trabalho do que
a maioria das pessoas.
Além
do mais, quem trabalha com amor no coração
consegue evoluir financeiramente. Um médico que
trata bem as crianças de um hospital que lhe paga
pouco vai conquistar uma clientela satisfeita com seus
serviços e seu consultório particular acabará
ficando lotado.
Mesmo
que você ganhe um salário pequeno, servindo
ao próximo com competência, receberá
muitas recompensas, e a melhor de todas é a convicção
de estar cumprindo sua missão.
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