O
Ministro japonês também foi recebido pela
ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.
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(Fonte:
Assessoria do MDIC | Foto: Agência Brasil)
O ministro
do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
(MDIC), Fernando Pimentel, se reuniu, dia 02/05, em Brasília,
com o ministro da Indústria e Comércio do Japão,
Toshimitsu Motegi, e uma comitiva de 14 autoridades e 68 empresários
do país asiático.
Pimentel
falou ao colega japonês sobre as oportunidades de investimentos
no Brasil, principalmente no setor de infraestrutura, e lembrou
que o país é um "porto seguro" para o capital
externo. "Conseguimos vencer o período de inflação
alta e hoje temos a estabilidade de uma economia em crescimento,
com baixa taxa de juros, custos em queda e um dos maiores mercados
consumidores do mundo", destacou o ministro, que entregou a
Toshimitsu o Catálogo de Oportunidades para Investimentos
no Brasil, produzido pelo MDIC em parceria com os estados (Clique
aqui para acessar o arquivo, em inglês).
Na conversa,
Pimentel disse ver boas possibilidades nos setores de infraestrutura,
petróleo, gás e indústria naval. "O Brasil
tem hoje um amplo programa de concessões em andamento com
investimentos previstos para portos, aeroportos, rodovias e ferrovias,
a fim de diminuir os custos logísticos e, consequentemente,
de produção", sustentou o ministro, ao destacar
a Pesquisa do Instituto Japonês Para o Investimento Externo,
que aponta o Brasil como sexto destino mais promissor para investimentos
a médio prazo.
Pimentel
também apontou possibilidades de cooperação
no setor naval, com alguns exemplos já em curso, como as
participações da Kawasaki Heavy Industries no Estaleiro
Enseada do Paraguaçu S.A e a parceria tecnológica
entre a IHIMU, controlada pela Mitsui, e o Estaleiro Atlântico
Sul (EAS). Outra área em que o ministro vê boas perspectivas
de parceria com o Japão é a de Petróleo e Gás,
especialmente com a retomada, ainda neste ano, das rodadas de licitação
de áreas de exploração do pré-sal.
Ele lembrou
que, somente por parte da Petrobras, serão US$ 236 bilhões
em investimentos, de 2013 a 2017, para exploração
de petróleo no Brasil, o que também gera oportunidades
de investimentos no setor naval. Pimentel pediu ainda investimentos
japoneses para o desenvolvimento da cadeia industrial de semicondutores
e displays, usando como exemplo a bem-sucedida parceria na adoção
do padrão nipônico de tv digital, que influenciou a
maioria dos países da América do Sul.
Para
o ministro da Economia, Comércio e Indústria do Japão,
Toshimitsu Motegi, o encontro traduz a confiança de seu país
em investir no Brasil. Ele citou, como exemplo, a presença
no encontro de empresários de gigantes japonesas como Honda
Motors e Mitsubishi Heavy Industries. "Há de se destacar
as boas relações entre os dois países, haja
vista que o Brasil tem a maior comunidade de japoneses fora do país",
argumentou o ministro, referindo-se aos cerca de 150 mil japoneses
que moram no Brasil e aos cerca de 1,5 milhão de nipo-brasileiros.
Infraestrutura
e recursos naturais, ainda segundo o ministro japonês, tornam
o Brasil muito atraente para investimentos estrangeiros. "Hoje,
o Brasil está na 10ª posição no rol dos
países que mais recebem investimentos japoneses. A estabilidade
econômica brasileira é altamente favorável para
que o país alcance novos patamares nesse ranking", citou
Motegi .
Catálogo
de oportunidades
O Catálogo
de Oportunidades para Investimentos no Brasil, entregue hoje ao
ministro japonês, lista 140 projetos localizados em 17 estados
brasileiros e no Distrito Federal, que superam o valor de US$ 200
bilhões. Em breve, o MDIC publicará a versão
online do documento, que já recebeu atualização
e acréscimos e inclui, por ora, projetos em 21 unidades da
federação.
Os projetos
inscritos no Catálogo estão organizados por setor
econômico, valor, localização e tipo (privados,
concessões ou parcerias público-privadas). O catálogo
é resultado de cooperação entre o MDIC, o Ministério
do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), o Conselho
Nacional de Secretarias Estaduais de Desenvolvimento, Indústria
e Comércio (CONSEDIC) e as Secretarias Estaduais de Desenvolvimento
Econômico.
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