Pequeno 
              e inofensivo, o gerbil, como 
              também é chamado, exige cuidados 
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      (Reportagem: 
        Suzana Sakai| Fotos: Divulgação) 
       Curioso, 
        sociável e extremamente dócil. Assim é o esquilo 
        da Mongólia, um pequeno e peludo roedor de origem asiática. 
         
      Originário 
        do deserto e das áreas semidesertas da Mongólia e do Nordeste 
        da China, o gerbil, como também é conhecido, passou a ser 
        criado em cativeiro em 1935, quando o professor japonês, C. Kasugo, 
        do Instituto de Kisata, em Tóquio, decidiu retirar alguns animais 
        da Bacia de Armur (na fronteira da Rússia com a China) e levá-los 
        para o arquipélago.  
      Inicialmente, 
        o esquilo da Mongólia era utilizado para pesquisas laboratoriais, 
        mas, em pouco tempo, graças a sua personalidade cativante, ele 
        migrou dos laboratórios para residências de todas as partes 
        do mundo. O gerbil é um dos poucos, entre suas outras 79 
        espécies, que pode ser criado como bicho de estimação, 
        devido ao seu temperamento sociável e pacífico, afirma 
        o veterinário Carlos Alexandre Pessoa, em artigo sobre o assunto. 
      No Brasil, 
        o esquilo da Mongólia é considerado um animal doméstico 
        e de venda legalizada. Como qualquer animal, na hora da compra, 
        deve-se observar atividade, olhos vivos, pelo bonito e sem falhas e o 
        comportamento geral do animal em grupo antes de comprá-lo, 
        recomenda o veterinário Lauro Leite Soares.  
      Cuidados 
       A alimentação 
        do gerbil deve ser com ração específica e pequena 
        porção de vegetais e sementes. Também podem 
        ser-lhe oferecidos insetos como grilos e tenébrios, completa 
        Lauro.  
      Trata-se de 
        um animal resistente às doenças, mas, para evitar problemas 
        dentários, o ideal é oferecer produtos que estimulem o pet 
        ao ato de roer. Deve-se oferecer comida dura, como alfafa, ou blocos 
        de madeira para roer, visando a evitar problemas dentários, 
        diz Lauro. 
      Outro cuidado 
        importante é com a higiene do animal. Nunca se dá 
        banho num esquilo, pois se trata de um animal de deserto. Umidade excessiva 
        causa lesões na pele e pode levar à pneumonia. São 
        animais que se lambem para se limpar. A limpeza do ambiente deve ser feita 
        com a retirada da serragem. Pode-se também passar um pano úmido 
        na gaiola antes de repor a serragem, ensina Lauro. 
      Fique 
        atento 
       Por ser muito 
        pequeno e ter o hábito de roer, não é recomendado 
        que o animal fique solto pela casa. O ideal é uma gaiola 
        específica para roedores, com espaço suficiente para comer, 
        dormir, brincar [com brinquedos como roda] e fazer suas necessidades, 
        orienta Lauro 
      Deve-se ter 
        o cuidado de não manter o gerbil em ambientes úmidos. O 
        bebedouro deve ser de garrafa e não pode estar vazando. O piso 
        deve ser forrado com serragem trocada a cada dois ou três dias, 
        explica Lauro. 
      Por ser inofensivo, 
        o esquilo da Mongólia pode ter problemas com crianças e 
        outros animais. A criança deve ser orientada a nunca puxar 
        o rabo do animal, pois a pele irá se soltar, expondo as vértebras 
        caudais, podendo levar a infecções. Deve-se também 
        tomar cuidado com cães e gatos, que podem caçar o gerbil, 
        destaca Lauro.  
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