Fonte
e imagens: Central Press/Divulgação
A comerciante
Andressa Tauro Imoto, 42 anos, descobriu um tumor no tórax
após fazer uma tomografia do pulmão para acompanhar
uma lesão causada pela covid-19. Sem nenhum sintoma ou desconforto,
a tumoração que estava crescendo próximo à
junção da costela com a coluna é incomum e,
na maioria dos casos, benigna, com necessidade de tratamento cirúrgico.
Esse
tipo de cirurgia não é usual e optamos em realizá-la
com auxílio da robótica pela precisão dos movimentos
e melhor visualização das estruturas do tórax,
explica o cirurgião torácico do Hospital Marcelino
Champagnat, Liu Estradioto. O procedimento é realizado
por pequenos orifícios no tórax para introdução
das pinças cirúrgicas robóticas, com imagem
em 3D e em alta definição - full HD. A utilização
da plataforma de cirurgia robótica diminui a dor após
a cirurgia, o tempo do internamento e ainda permite o retorno em
menor tempo às atividades do dia a dia, complementa
o médico.
Tive
alta após dois dias. Não senti mudanças no
geral, já que eu não tinha nenhum desconforto em relação
à presença do tumor. Sinto-me muito aliviada e grata
por tê-lo descoberto precocemente e evitar prejuízos
maiores no futuro, relata Andressa.
Diagnóstico
Andressa descobriu um tumor no tórax após fazer
tomografia do pulmão para acompanhar lesão causada
pela covid-19
Foto: arquivo pessoal
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O diagnóstico
desse tipo de tumor é feito por meio de exames de imagem,
como tomografia computadorizada do tórax ou por ressonância
nuclear magnética do tórax. O médico esclarece
que, em sua maioria, os pacientes são assintomáticos.
Porém, com o tempo, o crescimento do tumor pode gerar compressão
de órgãos do tórax e ocasionar sintomas, assim
como pode crescer para dentro do canal medular e comprimir a medula
espinhal. Falta de ar, dificuldade de engolir, dor torácica
e perda da força são os sintomas mais comuns em um
estágio mais avançado do tumor, explica Estradioto.
Robótica
No Hospital
Marcelino Champagnat, em Curitiba (PR), o investimento na aquisição
da plataforma robótica Da Vinci X foi motivado pela possibilidade
de uma visão tridimensional, 20 vezes maior que a humana,
que garante movimentos mais precisos.
Ideal
para procedimentos que precisam de maior detalhamento anatômico
ou cirurgias realizadas em pequenos espaços e cavidades,
o robô possui quatro braços, sendo que um deles carrega
a câmera, enquanto os outros três ficam livres para
portar instrumentos cirúrgicos como pinças, tesouras
e bisturi.
O médico
realiza a cirurgia a partir da mesa de controle, com movimentação
dos instrumentos feita pelo manuseio de dedais, de forma bem delicada.
À medida que move as mãos e os dedos, o robô
reproduz os movimentos dentro do corpo do paciente, assim, os gestos
são mais precisos, proporcionando uma cirurgia mais segura
mesmo em casos de alta complexidade como no tratamento do câncer
de pulmão e dos tumores do mediastino.
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