Divulgação:
Fundação Japão - fjsp.org.br
O crítico
cultural e professor de Antropologia e Estudos Culturais da Universidade
de Tóquio, Dr Ryuta Imafuku, é um importante pensador
do Japão contemporâneo, que estimula o pensamento por
meio da reflexão antropológico-cultural sobre literatura,
arte, fotografia, futebol, etc. Em São Paulo Imafuku abordará
três temas entre os dias 4 e 5 de março.
Palestras
Quando:
4 de março de 2020 (quarta-feira), às 19h
Onde: Pontifícia Universidade Católica
- Campus Perdizes - Sala 333 - Prédio novo
Rua Monte
Alegre, 984 - Perdizes- SP-SP
Evento: Capacidade:
200 lugares. Entrada livre e gratuita.
Título
português: A escrita como mimese: o vento, o falcão
e o urso na literatura-caligrafia de Kenji Miyazawa e Yuichi Inoue
Título
japonês: 「書くことのミメーシス──宮沢賢治と井上有一における風、鷹、熊」
Hoje, parece
que nos esquecemos que o mimetismo é um aspecto profundo
e ricamente significativo do comportamento humano. Nesse contexto,
deparar-nos com as obras caligráficas de Yuichi Inoue (1916-1985)
é como uma lufada de ar fresco, juntamente com o manuscrito
de Kenji Miyazawa (1896-1933), do qual ele obteve inspiração
decisiva. A devoção de Inoue à autêntica
mimese física é avassaladora. Referindo-nos à
teoria da faculdade mimética de Walter Benjamin, examinaremos
a relação de simpatia, correspondência e unidade
entre humanos e animais na literatura e na caligrafia, com o intuito
de recuperar nosso relacionamento físico e tátil com
o próprio ato de "escrever".
Quando: 5
de março de 2020 (quinta-feira), das 9h às 11h30
Onde: Casa
de Cultura Japonesa - USP - Auditório Kensuke Tamai - à
Avenida Prof. Lineu Prestes, 159 - Cidade Universitária -
São Paulo/SP
Evento: Capacidade:
130 lugares. Inscrições até 2 de março
com srta. Yuna, no e-mail: cejap@usp.br
Título
português: Somos os náufragos: do pensamento genealógico
à imaginação arquipelágica em nosso
"eco-mundo" trêmulo.
Título
「私たちは難破者である──震える反響-世界、系譜的思考から群島的想像力へ」
Se vermos o
mundo inteiro não como um aglomerado de continentes, mas
como uma cadeia contingente de ilhas, os seres humanos finalmente
passam a deter o mesmo pertencimento arquipelágico, independentemente
de onde tenham nascido. A afiliação inata à
própria terra natal foi substituída em algum momento
por um senso de afiliação cultural mais abrangente
e mais conectado à todo o arquipélago, seja no Leste
Asiático, no Pacífico ou no Caribe. Então,
seus lares se estendem por todo o arquipélago e eles se identificam
como um novo naufrágio. Já nascemos como descendentes
de nômades transoceânicos, que depois se dispersaram
num processo de falta de raízes e diáspora; seu regresso
ao lar apenas ocorre como uma experiência contínua
e eterna do naufrágio em si.
Quando: 5
de março de 2020 (quinta-feira), das 19h às 20h30
Onde: Instituto
Moreira Salles - IMS Paulista - Sala de aula - 2º andar - à
Avenida Paulista, 2424 - Consolação - São Paulo/SP
Evento: Capacidade:
35 lugares. Entrada gratuita. Evento sujeito à lotação
do espaço. Distribuição de senhas 60 minutos
antes do evento. Limite de 1 senha por pessoa.
Título
português: Ruínas do tempo, arquipélagos do
tempo: Nagasaki, Okinawa, Ásia e EUA na fotografia do pós-guerra
japonês de Shomei Tomatsu
Título
japonês: 「時の瓦礫、時の群島:東松照明の戦後写真における長崎、沖縄、アジア、そしてアメリカ」
Shomei Tomatsu
(1930-2012) é um dos fotógrafos mais importantes do
Japão moderno, que iniciou sua carreira logo após
o final da Segunda Guerra Mundial. No meio dos destroços
de bombardeios, Tomatsu refletiu, por meio de seus trabalhos ambíguos,
o significado da ocupação física/simbólica
americana no país, que cobre as bases militares e o território
marginal de Nagasaki e Okinawa, e finalmente tentou transcender
a fronteira nacional para unificar sua visão de mundo com
os arquipélagos do Sudeste Asiático. Pode a "imagem-linguagem"
abolir nossa obsessão pela territorialização
nacionalista?
Mais informações:
https://fjsp.org.br/agenda/ryuta-imafuku-agenda-saopaulo/
Conheça os trabalhos do professor no link abaixo:
https://fjsp.org.br/ryuta-imafuku/
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