Fonte:
Divulgação
Após
percorrer 13 países, a exposição internacional
itinerante do renomado monge budista chinês Dachan entra em
cartaz a partir de quarta-feira 9 de janeiro, no Centro Cultural
Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo.
"A Arte
de Dachan: A Arte De Uma Era Espiritual Ilumina Todas as Coisas
Vivas" apresenta 48 obras, incluindo pinturas e caligrafias
produzidas nos últimos dez anos. Além de China, Japão,
Coréia do Sul, Tailândia, Arábia Saudita, Índia,
Alemanha, Hong Kong, Rússia, Itália, a turnê
já passou pelo icônico British Museum, de Londres,
na Inglaterra. É a primeira exposição do artista
no Brasil, cuja mostra fica em cartaz somente uma semana
e segue para O Museu de Arte Moderna, na África do Sul.
Para a curadora
Astrid Narguet, as pinturas de Dachan são acessíveis
mesmo para aqueles que não tem ligação com
a arte chinesa. "É possível transitar dentro
de seu universo e na sua ideia de humanidade", afirma.
A turnê
mundial é descrita como "jornada global de cultura espiritual".
Com criatividade, Dachan apresenta as pinturas tradicionais, as
caligrafias e aguadas de uma maneira contemporânea, integrando
organicamente o espírito interior da arte moderna chinesa
com a sensibilidade zen.
"As pinturas
de Dachan baseiam-se em técnicas tradicionais chinesas, mas
têm um toque particular muito distinto e suave. Nas suas pinturas
em aquarela cada pincelada tem significado, e, ao contrário
da pintura a óleo, você não pode repintar nada
quando usa essa técnica, tudo precisa ser calculado com precisão
antes de levar o pincel para a tela. Apesar dessa precisão
quase matemática, suas pinturas ainda parecem espontâneas,
cheias de vitalidade e com uma extraordinária coerência.
O resultado são pinturas com a fluidez da água, com
contrastes suaves e uma bela paleta de cores. Um motivo central
em sua obra é a flor de lótus, um símbolo importante
dentro do budismo. A flor cresce na água lamacenta, e se
eleva acima dela para alcançar a iluminação.
Cores diferentes carregam diferentes significados, todos presentes
nas obras de Dachan. Sua poesia justapõe objetivos do mundo
material com os do mundo espiritual. Por exemplo, sua caligrafia
"Dragão", um personagem normalmente associado à
força e ao vigor, é pintado com firmeza, mas ao mesmo
tempo, muita delicadeza, tornando-se quase invisível. Isso
mostra que até mesmo algo poderoso pode ser tão gentil
quanto a seda".
Aurora Sosveen
Associação China Itália
SOBRE DACHAN
Pintor, poeta e calígrafo, Dachan é um renomado
artista contemporâneo chinês. Ele também é
conhecido como Zisong Xuanzhu (Mestre do Pavilhão dos Pinheiros
Lilás). Autodidata, desde cedo apaixonou-se pela poesia,
caligrafia e pintura e foi através delas, de uma compreensão
gradual de suas sutilezas estéticas que ele alcançou
a iluminação, segundo o Zen. Sua caligrafia e pintura
têm bases sólidas, mas não se deixam restringir
pelas formas clássicas, alcançando um estilo próprio.
Seu pensamento engloba o novo e o desconhecido, assim como o profundo
e o remoto. Um tranquilo humor permeia todo o seu trabalho. Sua
poesia tem a simplicidade espontânea e natural da caligrafia
chinesa, sua caligrafia baseia-se nos princípios da pintura,
e sua pintura funda-se sobre os princípios da natureza; e
juntas, todas essas expressões estão imbuídas
do espírito do Zen.
Serviço:
A
Arte de Dachan
Quando:
de 9 a 15 de janeiro, das 12h às 17h.
Centro
Cultural Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo
R. Cantareira,
1331 - Centro
Entrada
gratuita
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