(Fonte:
Agência Brasil)
O príncipe
herdeiro do Japão, Naruhito, participou ontem ,no dia 19/03,
do 8º Fórum Mundial da Água, em Brasília.
Em seu discurso, ele defendeu a união de vários setores
para a resolução de problemas relacionados à
água.
"Por
isso, chamo as pessoas do setor da água a se aproximarem
de forma proativa e conduzirem diálogos com as partes interessadas
de desafios maiores como gênero, educação, refugiados
e migração e pobreza", disse.
Ele citou
experiências de comunidades antigas de seu país na
divisão e solução de conflitos da água
e defendeu que a água é o fundamento da prosperidade
nacional e regional.
"A
água é um pré-requisito para que as comunidades
de pessoas vivam e pacificamente. Mulheres, crianças, idosos,
pessoas com deficiência e outras pessoas socialmente vulneráveis
sofrem mais por desastres relacionados à água, às
secas, bem como instabilidade regional. A comunidade internacional
precisa dar prioridade à provisão sustentável
de água e saneamento, mesmo em situações de
emergência", defendeu.
Investimentos
O representante
da Organização das Nações Unidas (ONU),
Han Seun-soo, disse que os investimentos globais para os desastres
relacionados à água devem ser dobrados globalmente
nos próximos cinco anos. Segundo ele, a ONU deve realizar
reuniões sobre a gestão da água durante a semana
de abertura da Assembleia Geral, provavelmente em 2019, onde todos
os chefes de Estado vão apresentar suas ações
para a a defesa global relacionada à água.
Seun-soo
afirmou que os desastres relacionados à água contabilizam
90% de todos os casos em termos de número de pessoas afetadas.
"Água é vida, mas água também pode
ser uma ameaça", disse. Para ele, os países precisam
reverter o foco da gestão do desastre, de uma resposta reativa
para algo mais preventivo.
O ministro
dos Recursos Naturais de Myanmar, Ohn Winn, disse que o país
também sofre com desastres relacionados à água,
como enchentes, secas, tsunamis e ciclones, e adotou uma forma holística
de gerir a água. O Comitê Nacional de Recursos Hídricos,
estabelecido em 2013, adotou ações para promover uma
política hídrica nacional e estratégia para
o combate aos efeitos das mudanças climáticas. "Nosso
trabalho principal é a integração, não
apenas em nível nacional, mas regional e global", disse,
lembrando que o país recebe apoio do Banco Mundial.
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