QUATRO PISOS E GRANDES PORTAS DE CORRER
Quando
estiver em funcionamento pleno, a partir de março
de 2017, a Japan House terá mais de 2.500 metros
quadrados de espaço útil, distribuídos
em um piso térreo e mais três andares. Uma
praça interna, aberta para a rua, dará acesso
aos espaços térreos da casa: o hall de entrada
com cafeteria; um espaço multiúso para até
150 assentos; uma biblioteca com leituras relacionadas à
cultura japonesa; e um jardim.
Não
haverá paredes fixas separando os ambientes. O partido
tomado por Kengo Kuma na arquitetura interna do prédio
é o oposto: o da abertura e facilidade de comunicação
entre os espaços. Grandes portas deslizantes, chamadas
de fusuma na arquitetura tradicional japonesa, poderão
delimitar ambientes, quando fechadas, ou criar espaços
mais amplos, se mantidas abertas.
Trata-se
de um princípio importante: num país onde
o espaço é um bem raro, a flexibilidade na
hora de ocupá-lo é essencial. A posição
das portas indica, ainda, se é possível entrar
ou não naquele ambiente, uma forma de comunicação
indireta valorizada pela cultura japonesa como sinal de
respeito ao próximo.
Quando
as fusuma estiverem totalmente abertas, o piso térreo
da Japan House poderá se tornar um grande vão
sem divisórias, comunicando o jardim, numa extremidade
da casa, com o hall e a cafeteria, na outra. Dotado de bom
pé-direito livre, o ambiente do térreo é
um convite a eventos criativos que proponham ocupações
variadas.
Está
prevista uma gama ampla de temas para a programação
a ser desenvolvida neste espaço: cultura, moda, gastronomia,
história, negócios, design, robótica,
ciências e engenharia, inovação urbana
e mobilidade tudo o que se relacione à capacidade
japonesa de inovar.
O primeiro
andar será ocupado por um amplo salão de seminários.
É um ambiente para encontros entre pessoas
em aulas, conferências ou debates , obedecendo
ao mesmo princípio de flexibilidade de uso. Duas
fusuma permitirão modular os espaços de acordo
com os eventos previstos; as combinações de
divisórias móveis, abertas ou fechadas, vão
criar ambientes capazes de receber de 10 a 100 participantes.
O segundo
andar, mais distante do ruído da rua, foi reservado
para mostras e exposições de maior fôlego:
o lugar da arte, das histórias e dos grandes eixos
narrativos. O piso terá uma cozinha, de modo a ser
usado, também, para recepções e eventos
de gastronomia. Acima deste, haverá um terceiro andar
que não fará parte do espaço público
da casa e será, eventualmente, ocupado por outras
entidades do governo japonês presentes em São
Paulo.
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