O fruto da diligência
Nada é mais doce que o fruto
do trabalho, mas só há fruto quando há
trabalho.
Essa é a verdade coletiva da vida cotidiana
(Por
Venerável Mestre Hsing Yun*)
Onde
há trabalho árduo, nada é impossível.
Onde há diligência, há benefícios.
Nada é mais doce que o fruto do trabalho, mas só
há fruto quando há trabalho. Ainda que tenhamos
um pedaço de terra fértil, a colheita só
será possível se diligentemente ararmos
a terra e plantarmos as sementes. Essa é a verdade
da vida cotidiana.
Comportamento
antiético
Se
nos recusarmos a enxergar a verdade na causalidade e insistirmos
em tirar proveito do trabalho árduo dos outros,
além de acabar nos tornando um peso para a sociedade,
prejudicaremos a nós mesmos. Nossas vidas serão
arruinadas para sempre ser preguiçoso
é o comportamento mais antiético que se
pode ter.
Na
sociedade de hoje, quase todo mundo quer ser rico. No
entanto, é preciso dar-se conta de que ser
rico nada tem a ver com posses financeiras ou materiais.
Pode-se ter todo o dinheiro do mundo sem ser rico,
já que, num piscar de olhos, ele pode desaparecer.
Alguém que receba uma enorme herança, por
exemplo, se não tiver uma renda adicional, pode
ver sua herança secar como um poço. Por
outro lado, alguém que esteja pronto a trabalhar
arduamente e ser diligente em tudo que faz pode ser a
pessoa mais abastada do mundo.
Se
formos diligentes e tivermos iniciativa no trabalho, nosso
progresso será notado por nossos chefes e nossas
habilidades passarão a ter menor importância.
Se focarmos nossa atenção em nossos esforços
e tentarmos ser tão diligentes quanto possível,
não teremos de nos preocupar mais com o que sabemos
ou não sabemos fazer. De acordo com os textos budistas,
a indolência faz com que os leigos percam
os benefícios mundanos e os monges o tesouro do
Darma.
Os
quatro tipos de esforço
Ainda
que a preguiça seja um vício e a diligência
uma virtude, nossa lida e nosso esforço devem ter
significados positivos. Eles devem ser livres de qualquer
intenção egoísta. No budismo, há
quatro tipos de Esforço Correto: produzir
e fazer crescer o que é bom, prevenir e eliminar
o que é mau. Ao empregarmos nossos esforços
com o propósito de beneficiar os outros e guiá-los
rumo à benevolência, além de colhermos
benefícios próprios, engajamo-nos na prática
correta da diligência. Esse tipo de abnegação
é a corporificação do espírito
de bodhisattva. Assim, se quisermos ver nossos esforços
se tornarem realmente proveitosos, devemos aprender a
colocar os interesses dos demais acima do nosso próprio
e nos sacrificar pelo bem de todos.
O
hábito de buscar somente o prazer e evitar o trabalho
árduo é uma doença social. A maioria
das pessoas não se dá conta de que um momento
de prazer pode produzir uma vida de penúria, enquanto
um momento de diligência geralmente resulta em inesperada
colheita. A razão subjacente para essa inegável
verdade é que boas causas sempre trazem bons resultados,
enquanto más causas sempre trazem retribuições
negativas. Essa é a Lei de Causa e Efeito, a inexorável
Verdade de todos os universos.
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