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Arquivo NippoBrasil - Edição 170 - 28 de agosto a 3 de setembro de 2002
 
Sô dessu ká?

Adaptação livre de Claudio Seto
(Texto e desenhos: Claudio Seto)

 

No tempo em que mestre Shamon, da seita Zenchi, ainda era jovem e recém-ordenado monge, foi enviado para o templo Ehiko-san, na ilha de Kyushu, para exercer o sacerdócio pela primeira vez. Próximo do monte onde se localizava o templo, havia uma aldeia com poucos moradores e entre eles uma linda garota.

Pouco tempo depois, descobriram que a garota estava grávida. Os pais, enfurecidos, pressionaram a menina, até que ela, depois de muito resistir, acabou confessando quem era o responsável pela sua gravidez:

- Foi o jovem monge Shamon.
A surpresa foi total, pois o monge era muito bem conceituado na aldeia, tido como inteligente e o mais solícito entre os religiosos do templo.

Acompanhado de uma comitiva de curiosos da aldeia, os pais da garota se dirigiram ao templo, fizeram um escândalo diante do altar e acusaram o monge de abusar da ingênua garota.
-Sô dessu ká? – respondeu Shamon, com essa frase que significa “é mesmo?”.

Nove meses se passaram e quando a criança nasceu, os pais da garota, acompanhados de uma comitiva de curiosos, levaram a criança para Shamon.
- Se você não fosse um monge pobretão, eu exigiria que se casasse com minha filha.

-Sô dessu ká? (é mesmo?) – respondeu o monge.
- Mas mesmo sendo monge pobretão, exijo que tome conta dessa criança, pois é o seu filho – disse o pai da mocinha, entregando a criança.

- Sô dessu ká? – respondeu calmamente Shamon, acatando a criança.
Shamon cuidou do bebê com muito amor e carinho, preparando leite de papa de arroz todos os dias e tudo que a criança necessitava. Na aldeia, o mal conceito que passaram a fazer de Shamon, desde que souberam que a criança era dele, foi aos pouco se amenizando, diante da dedicação dele para com a criança.

Mais nove meses se passaram e a garota teve uma crise de consciência, não suportando mais carregar o fardo da mentira. Confessou para seus pais e para uma comitiva de curiosos que o verdadeiro pai era o filho do chefe da aldeia.

Os pais e a comitiva correram para o templo. Constrangidos, pediram a devolução da criança e, pedindo perdão, contaram o que tinha acontecido.

Ao devolver a criança calmamente, tudo que Shamon disse foi:
- Sô dessu ká?

 
Adaptação livre de Claudio Seto
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